quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Pouco sinto quanto devo
quê me faz, senão ficar 

sob os silêncios das palavras
só não digas me escavar 

tu mal sabes quem sou eu
tu nem sabes o que doeu
tu só sabes das mentiras
que contastes sendo eu

lastimável, tua máscara
um dia cai, sejamos francas

impecável, para os tolos
e aos cegos por tuas bandas
já vai tarde,
não me enganas

se em teu íntimo a dor grita
só tenho eu a lamentar
não fui eu que acendi o fogo
sob o qual irás queimar

tua consciência cedo ou tarde
saberá que apontar

eu aguardo, o tempo é justo
não preciso
desculpar.

já fui
a tola
a tentar.

agora eu resto,
ao que me resta,
descansar.

estou em paz.

vá-te já.

não espero.


adeus