Pouco sinto quanto devo
quê me faz, senão ficar
sob os silêncios das palavras
só não digas me escavar
tu mal sabes quem sou eu
tu nem sabes o que doeu
tu só sabes das mentiras
que contastes sendo eu
lastimável, tua máscara
um dia cai, sejamos francas
impecável, para os tolos
e aos cegos por tuas bandas
já vai tarde,
não me enganas
se em teu íntimo a dor grita
só tenho eu a lamentar
não fui eu que acendi o fogo
sob o qual irás queimar
tua consciência cedo ou tarde
saberá que apontar
eu aguardo, o tempo é justo
não preciso
desculpar.
já fui
a tola
a tentar.
agora eu resto,
ao que me resta,
descansar.
estou em paz.
vá-te já.
não espero.
adeus