o sol mostra-se, timidamente, emitindo tênues raios de claridade,
O azul anil, anilado, antes caramelizado, oh, azul. O azul, então, sobrepõe-se ao gris murmurante.
O gris murmura mas não reclama - pura rabugice -, reconhece seu lugar e o lugar do azul - e apesar de murmurante, é simpático, também, do seu jeito.
As cores e nuvens e sorrisos e murmúrios envolvem-se nessa louca dança,
espectadores confusos, observando-a de baixo;
estrelas de cima, júris;
o plano de fundo do lindo espetáculo, rodopiantes guarda-chuvas, coloridos, molhados, dobrados, abertos, pequenos, automáticos, grandes, preguiçosos, oh, vento. Vento fugaz, veloz, perspicaz, moleque.
Moleque! Devolva meu guarda-chuva!
As estrelas riem.
Júris ocultos.
As nuvens capturam ventos moleques, o tímido sol respira fundo e
respira e
e o que? oh, timidez.
(Cores rodopiantes, água espatifando-se em seus tobogãs de arco-íris, o azul.. o gris assistindo de fora, esperando para sua vez da noite)
respira e assume seu papel, estufa o peito e emite raios de cores,
para todos os seus amigos, azul, gris, violeta, as cores dos guarda chuvas, das estrelas verdes, marrons, e ele por si só: amarelo ;
todos juntos em raios de triunfo, todos na união por um só: o branco;
o espetáculo do céu: o movimento, a dança; todos juntos pelas cores, murmúrios e dons,
todos juntos voltam aos seus lugares com sorrisos de crianças arteiras, após boa diversão;
todos juntos comemoram os dias e semanas imprevisíveis e animadas, coloridas e movimentadas;
todos juntos após mais uma chuva de verão.
E as estrelas, júris sem nada a perder, aplaudem mais um espetáculo, de muito, mas muito longe - daquele infinito que as cores do guarda chuva, agora relegados a algum espaço no guarda roupas, podem apenas imaginar.
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