Eu acredito no amor.
É ele o que nos mantém em movimento, em busca de melhorias e renovando esperanças, a fé no futuro, em nós, em Deus, nas pessoas.
Eu acredito no amor porque ele é o único capaz de curar feridas, de fomentar mudanças, de ensinar, de construir.
Eu acredito no amor incondicional, para aquele que não conhecemos ou não esperamos nada de retorno. O amor sublime a qualquer forma de vida, de expressão, de existência. O amor a ideias, o amor a sentimentos, à liberdade, à vida.
Eu acredito no amor puro, sem interesses ou apegos, sem cobranças, sem dor, sem sofrimento.
Eu acredito no amor que releva erros, que sorri com aprendizados e que, carinhosamente, nos impulsiona para o caminho certo.
Eu acredito que o amor se constrói. Ele se vai tecendo, pouco a pouco, no nosso íntimo, até que um dia se torne rede e agregue cada vez mais valores que traspassarem nosso coração.
Vai ficando mais e mais denso, e ao mesmo tempo mais sublime, mais universal, mais inexplicavelmente belo e iluminado.
Eu acredito no amor que é luz. Porque, como a luz, transforma em claridade o obscuro, espanta as sombras e traz o sol à noite, traz a felicidade aos momentos mais sombrios. O amor é capaz de transcender e, como a luz, se propagar, imbatível e inabalável, impetuoso, para onde quer que se direcione. Quanto mais se ama, mais ele se propaga.
Eu acredito que as pessoas podem se amar e que existe um relacionamento em que haja amor verdadeiro. Um relacionamento não de abdicação, mas de compreensão e cumplicidade. Não de prisão, mas de liberdade e escolhas. Um relacionamento livre e espontâneo.
Eu acredito no amor da entrega, não para tornar-se de outrem, mas para, ao confiar, ser compreendida em essência por outra alma, compartilhar os sentimentos e experiências mais profundas com outra criatura que aceite a sua luz e propague a sua própria, em conjunto.
Eu acredito que o amor, entretanto, possa dizer não, não para punir, mas para educar. Porque o amor também é próprio, e ele não permite sofrimento. O amor, por ser compreensão, compreende que, por vezes, uma incompatibilidade ideológica torna a convivência mais dificultosa. Sem fazer juízo de valor, mas postergando entraves. A tendência é que, amando, a tolerância e empatia cresçam, mas não se pode esperar de outrem o que ele não é capaz de fornecer. Por esse motivo, por vezes, é importante dar a quem se ama o espaço, tempo e liberdade necessários para que reveja seus valores e crescimento próprio. O amor também é isso.
Por fim, acredito que o amor é o que criou tudo. O mundo, os detalhes, os seres.
O amor é a centelha divina presente em cada criatura capaz de sentir, por isso não há nada mais perfeito e mais sublime que sua expressão, da forma mais pura e elevada que se possa fazê-lo.
Eu acredito no amor, não porque vejo o amor, não porque recebo o amor, nem somente porque o sinto. Eu acredito no amor porque sou de amor.
E não se pode negar a própria essência.