Naquele dia, era frio
Mas ainda havia o nosso calor
Naquele dia, duas mãos atadas andavam despreocupadas e sorridentes
Como se o adeus não existisse
Naquele dia havia riso e havia afeto,
naquele dia havia calor e frio,
havia beijos e abraços,
piadas e estórias.
Naquele dia não havia adeus,
não havia despedidas,
não havia distância, memórias,
saudades.
Naquele dia só havia nós dois
e uma data a se esquecer
a se beber
a rir-se e
debochar-se
Naquele dia falava-se de adeus
como estórias tristes,
casos distantes e
fantasmas que não amedrontam
Naquele dia só havia nosso sorriso,
mas hoje está frio e sua mão não aquece a minha
sua memória não me abraça
seu sorriso não provoca o meu
Hoje o afeto reside no frio
Os lábios residem na história
Aquele dia reside no pranto
E o adeus reside em minhas entranhas
Hoje o fantasma é real
Hoje eu tenho medo e durmo
Só para sonhar com as estórias
Que não têm escrita a palavra
Adeus.
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