Shall I compare it to a fire
that burns in the soul, enkindles desire?
It is what lovers search for
for all their lives,
Door by door
Well, sooner had I noticed
finding love would be so hard
'Cause love just isn't love
When it isn't from the heart
Never had words been so wrong,
When they meant something was strong
would be forever, and now it's gone.
Not only can't eyes see inside
But also don't know how to lie
Only one does mean the truth
If he's looking back at you
Not in the eyes, but with the heart
Which then beats faster, is complete
Because it knew right from the start
That you were just the missing piece.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
A Fonte da Sorte
( Os Contos de Beedle, o Bardo - J.K. Rowling )
Achei um resuminho que eu tinha feito um tempo atrás desse conto. Vale a pena ler o livrinho. :)
Uma vez por ano, (...) um único infeliz recebia a oportunidade de competir para chegar à fonte, banhar-se em suas águas e ter sorte a vida inteira.
Três bruxas (...) contaram umas às outras suas tristezas enquanto esperavam o sol nascer.
A primeira, cujo nome era Asha, sofria de uma doença que nennhum curandeiro conseguia eliminar. Ela esperava que a fonte fizesse desaparecer os seus sintomas e lhe concedesse uma vida longa e feliz.
A segunda, cujo nome era Altheda, tivera sua casa, seu ouro e sua varinha roubados (...). Ela esperava que a fonte a aliviasse de sua fraqueza e pobreza.
A terceira, cujo nome era Amata, fora abandonada por um homem a quem amava profundamente, e acreditava que seu coração partido jamais se recuperaria. Esperava que a fonte aliviasse sua dor e saudade.
Apiedando-se umas das outras, as três mulheres concordaram que, se lhes coubesse a chance, elas se uniriam e tentariam chegar à fonte juntas.
O primeiro raio de sol rasgou o céu, e uma fresta se abriu no muro. Plantas rastejantes do interior do jardim serpearam pela massa ansiosa e se enrolaram na primeira bruxa, Asha. Ela agarrou o pulso da segunda bruxa, Altheda, que segurou com força as vestes da terceira bruxa, Amata.
E Amata se enredou na armadura de um cavaleiro de triste figura que montava um cavalo esquelético.
[...]
Asha e Altheda se zangaram com Amata, que, acidentalmente, trouxera junto o cavaleiro.
[...]
Ora, o Cavaleiro Azarado, como era conhecido nas terras além-muros, observou que as mulheres eram bruxas e, não sendo ele dotado de magia, nem de grande perícia (...), nem de nada que o distinguisse como homem não mágico, ficou convencido que não havia esperanças de chegar à fonte antes das três mulheres. Anunciou, portanto, sua intenção de sair do jardim.
(...)Amata se aborreceu também.
- Medroso!- ela o censurou. - Desembainhe sua espada, Cavaleiro, e nos ajude a atingir a nossa meta.
E, assim, as três bruxas e o infeliz cavaleiro se aventuraram pelo jardim encantado (...). Eles não encontraram obstáculo algum até alcançar o sopé do morro em que se erguia a fonte.
Ali, enrolado na base do morro, havia um monstruoso verme branco, inchado e cego. À aproximação do grupo, ele (...) proferiu as seguintes palavras:
"Paguem-me a prova de suas dores"
O Cavaleiro azarado sacou a espada e tentou matar o bicho, mas a espada se partiu. Então Altheda atirou pedras no verme, enquanto Asha e Amata experimentaram todos os feitiços que poderiam subjugá-lo ou hipnotizá-lo, mas o poder de suas varinhas não foi mais eficaz do que a pedra da amiga ou a espada do cavaleiro (...).
O sol foi subindo sempre mais alto no céu e Asha, deseperada, começou a chorar.
Então o enorme verme encostou o focinho no rosto dela e bebeu suas lágrimas. (...) deslizou para um lado e sumiu por um buraco no chão.
(...) começaram a subir o morro, certos de que chegariam à fonte antes do meio-dia.
A meio caminho da subida íngreme, porém, eles encontraram palavras gravadas no chão.
"Paguem-me os frutos do seu árduo trabalho"
O Cavaleiro Azarado apanhou sua única moeda e colocou-a na encosta relvada, mas ela rolou para longe e se perdeu. As três bruxas e o cavaleiro continuaram a subir, e, embora tivessem andado durante horas, não avançaram um único passo; o topo continuava distante e a inscrição permanecia no chão diante deles.
[...]
- Coragem, amigos, não fraquejem! - gritava ela, enxugando o suor do rosto.
(...)correram para o alto o mais rápido que puderam, até que, por fim, avistaram a fonte, refulgindo cristalina em meio a árvores e flores.
Antes de alcançá-la, no entanto, encontraram barrando o seu caminho um riacho (...). No fundo da água transparente havia uma pedra lisa com as seguintes palavras:
"Paguem-me o tesouro do seu passado"
O Cavaleiro Azarado tentou atravessar o curso d`água flutuando sobre seu escudo, mas afundou. As três bruxas o tiraram de dentro do riacho e tentaram saltar por cima da água, mas o riacho não as deixou atravessar (...).
Eles começaram, então, a refletir sobre a mensagem na pedra, e Amata foi a primeira a compreendê-la. Apanhando a varinha, apagou da mente todas as lembranças dos momentos felizes com o seu amor desaparecido e deixou-as cair na correnteza. O riacho as levou para longe, deixando aparecer pedras planas e, finalmente, as três bruxas e o cavaleiro puderam atravessar em direção ao topo do morro.
A fonte refulgiu diante dos quatro, (...) e chegou a hora de decidir qual deles iria se banhar.
Antes, porém, que chegassem a uma conclusão, (...) Asha tombou no chão. Exausta com o esforço da subida, estava à beira da morte.
Seus três amigos a teriam carregado até a fonte, mas Asha, em agonia mortal, lhes pediu que não a tocassem.
Então Altheda começou a colher as ervas que julgasse mais úteis, misturou-as na cabeça de água do Cavaleiro Azarado e levou a poção à boca de Asha.
Na mesma hora, Asha conseguiu se pôr de pé. Além disso, todos os sintomas de sua terrível enfermidade tinham desaparecido.
- Estou curada! - exclamou ela.- Não preciso da fonte; deixem Altheda se banhar!
Altheda, porém, estava ocupada colhendo mais ervas em seu avental.
- Se fui capaz de curar essa doença, posso ganhar muito ouro! Deixem Amata se banhar!
O Cavaleiro Azarado (...) indicou a fonte a Amata, mas ela sacudiu a cabeça. O riacho tinha lavado todos os seus desapontamentos de amor, e ela percebia agora que o antigo amado fora insensível e infiel, e que era uma grande felicidade ter se livrado dele.
- Bom Cavaleiro, o senhor deve se banhar, em recompensa de toda a sua nobreza! - disse ela ao Cavaleiro Azarado.
Então ele (...) se banhou na Fonte da Sorte (...).
Quando o Sol se pôs no horizonte, o Cavaleiro Azarado se ergueu das águas sentindo-se glorioso com seu triunfo, e se atirou, ainda vestindo a armadura enferrujada, aos pés de Amata, a mulher mais bondosa e bela que já contemplara. Alvoroçado com o bom sucesso, pediu sua mão e seu coração, e Amata, não menos feliz, percebeu que encontrara um homem que merecia os dois.
As três bruxas e o cavaleiro desceram o morro juntos, de braços dados, e os quatro levaram vidas longas e venturosas, sem jamais saber nem suspeitar que as águas da fonte não possuíam encanto algum.
Achei um resuminho que eu tinha feito um tempo atrás desse conto. Vale a pena ler o livrinho. :)
Uma vez por ano, (...) um único infeliz recebia a oportunidade de competir para chegar à fonte, banhar-se em suas águas e ter sorte a vida inteira.
Três bruxas (...) contaram umas às outras suas tristezas enquanto esperavam o sol nascer.
A primeira, cujo nome era Asha, sofria de uma doença que nennhum curandeiro conseguia eliminar. Ela esperava que a fonte fizesse desaparecer os seus sintomas e lhe concedesse uma vida longa e feliz.
A segunda, cujo nome era Altheda, tivera sua casa, seu ouro e sua varinha roubados (...). Ela esperava que a fonte a aliviasse de sua fraqueza e pobreza.
A terceira, cujo nome era Amata, fora abandonada por um homem a quem amava profundamente, e acreditava que seu coração partido jamais se recuperaria. Esperava que a fonte aliviasse sua dor e saudade.
Apiedando-se umas das outras, as três mulheres concordaram que, se lhes coubesse a chance, elas se uniriam e tentariam chegar à fonte juntas.
O primeiro raio de sol rasgou o céu, e uma fresta se abriu no muro. Plantas rastejantes do interior do jardim serpearam pela massa ansiosa e se enrolaram na primeira bruxa, Asha. Ela agarrou o pulso da segunda bruxa, Altheda, que segurou com força as vestes da terceira bruxa, Amata.
E Amata se enredou na armadura de um cavaleiro de triste figura que montava um cavalo esquelético.
[...]
Asha e Altheda se zangaram com Amata, que, acidentalmente, trouxera junto o cavaleiro.
[...]
Ora, o Cavaleiro Azarado, como era conhecido nas terras além-muros, observou que as mulheres eram bruxas e, não sendo ele dotado de magia, nem de grande perícia (...), nem de nada que o distinguisse como homem não mágico, ficou convencido que não havia esperanças de chegar à fonte antes das três mulheres. Anunciou, portanto, sua intenção de sair do jardim.
(...)Amata se aborreceu também.
- Medroso!- ela o censurou. - Desembainhe sua espada, Cavaleiro, e nos ajude a atingir a nossa meta.
E, assim, as três bruxas e o infeliz cavaleiro se aventuraram pelo jardim encantado (...). Eles não encontraram obstáculo algum até alcançar o sopé do morro em que se erguia a fonte.
Ali, enrolado na base do morro, havia um monstruoso verme branco, inchado e cego. À aproximação do grupo, ele (...) proferiu as seguintes palavras:
"Paguem-me a prova de suas dores"
O Cavaleiro azarado sacou a espada e tentou matar o bicho, mas a espada se partiu. Então Altheda atirou pedras no verme, enquanto Asha e Amata experimentaram todos os feitiços que poderiam subjugá-lo ou hipnotizá-lo, mas o poder de suas varinhas não foi mais eficaz do que a pedra da amiga ou a espada do cavaleiro (...).
O sol foi subindo sempre mais alto no céu e Asha, deseperada, começou a chorar.
Então o enorme verme encostou o focinho no rosto dela e bebeu suas lágrimas. (...) deslizou para um lado e sumiu por um buraco no chão.
(...) começaram a subir o morro, certos de que chegariam à fonte antes do meio-dia.
A meio caminho da subida íngreme, porém, eles encontraram palavras gravadas no chão.
"Paguem-me os frutos do seu árduo trabalho"
O Cavaleiro Azarado apanhou sua única moeda e colocou-a na encosta relvada, mas ela rolou para longe e se perdeu. As três bruxas e o cavaleiro continuaram a subir, e, embora tivessem andado durante horas, não avançaram um único passo; o topo continuava distante e a inscrição permanecia no chão diante deles.
[...]
- Coragem, amigos, não fraquejem! - gritava ela, enxugando o suor do rosto.
(...)correram para o alto o mais rápido que puderam, até que, por fim, avistaram a fonte, refulgindo cristalina em meio a árvores e flores.
Antes de alcançá-la, no entanto, encontraram barrando o seu caminho um riacho (...). No fundo da água transparente havia uma pedra lisa com as seguintes palavras:
"Paguem-me o tesouro do seu passado"
O Cavaleiro Azarado tentou atravessar o curso d`água flutuando sobre seu escudo, mas afundou. As três bruxas o tiraram de dentro do riacho e tentaram saltar por cima da água, mas o riacho não as deixou atravessar (...).
Eles começaram, então, a refletir sobre a mensagem na pedra, e Amata foi a primeira a compreendê-la. Apanhando a varinha, apagou da mente todas as lembranças dos momentos felizes com o seu amor desaparecido e deixou-as cair na correnteza. O riacho as levou para longe, deixando aparecer pedras planas e, finalmente, as três bruxas e o cavaleiro puderam atravessar em direção ao topo do morro.
A fonte refulgiu diante dos quatro, (...) e chegou a hora de decidir qual deles iria se banhar.
Antes, porém, que chegassem a uma conclusão, (...) Asha tombou no chão. Exausta com o esforço da subida, estava à beira da morte.
Seus três amigos a teriam carregado até a fonte, mas Asha, em agonia mortal, lhes pediu que não a tocassem.
Então Altheda começou a colher as ervas que julgasse mais úteis, misturou-as na cabeça de água do Cavaleiro Azarado e levou a poção à boca de Asha.
Na mesma hora, Asha conseguiu se pôr de pé. Além disso, todos os sintomas de sua terrível enfermidade tinham desaparecido.
- Estou curada! - exclamou ela.- Não preciso da fonte; deixem Altheda se banhar!
Altheda, porém, estava ocupada colhendo mais ervas em seu avental.
- Se fui capaz de curar essa doença, posso ganhar muito ouro! Deixem Amata se banhar!
O Cavaleiro Azarado (...) indicou a fonte a Amata, mas ela sacudiu a cabeça. O riacho tinha lavado todos os seus desapontamentos de amor, e ela percebia agora que o antigo amado fora insensível e infiel, e que era uma grande felicidade ter se livrado dele.
- Bom Cavaleiro, o senhor deve se banhar, em recompensa de toda a sua nobreza! - disse ela ao Cavaleiro Azarado.
Então ele (...) se banhou na Fonte da Sorte (...).
Quando o Sol se pôs no horizonte, o Cavaleiro Azarado se ergueu das águas sentindo-se glorioso com seu triunfo, e se atirou, ainda vestindo a armadura enferrujada, aos pés de Amata, a mulher mais bondosa e bela que já contemplara. Alvoroçado com o bom sucesso, pediu sua mão e seu coração, e Amata, não menos feliz, percebeu que encontrara um homem que merecia os dois.
As três bruxas e o cavaleiro desceram o morro juntos, de braços dados, e os quatro levaram vidas longas e venturosas, sem jamais saber nem suspeitar que as águas da fonte não possuíam encanto algum.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Confissões.
Confie em si mesmo,
Seja forte,
Você consegue,
Só confie em si mesmo.
Todos dizem para você ser forte o bastante para aguentar qualquer queda. Para se estruturar para que um baque forte não te abale o suficiente. Para reunir o suficiente para construir sua própria muralha, não ser dependente e saber se virar sozinho.
Acredite em si mesmo. Lute por si.
Eu vivi e aprendi que é importante ser forte, é importante acreditar.
Mas tem horas que ser forte não é o suficiente, acreditar não é o suficiente, lutar por mim não é o suficiente.
Eu descobri que não se pode ser forte o bastante para que um forte baque não te abale.
Tem horas que nada disso é suficiente. Tem horas que precisamos que alguém confie em nós, que alguém acredite em nós, que alguém lute conosco.
Não tem essa de lutar sozinho. A vida não é percorrida por seus únicos passos. Você pode ser independente, até certo ponto. Mas um dia você vai encontrar um obstáculo e ele vai te derrubar. Porque todos nós caímos.
E tem horas que nós não somos fortes o suficiente para nos apoiar em nossos punhos sangrentos e levantar. Precisamos olhar para os lados e encontrar alguém que nos ajude a levantar, que nos apoie, que nos mostre novas perspectivas.
E são nessas horas mais difíceis, que a nossa imensa força sucumbe a um frágil obstáculo; que nossa muralha desmorona e percebemos que não somos imunes ao mundo. Que não conseguimos ser autossuficientes. Nós precisamos de ajuda. Precisamos de companhia, de amigos, familiares, companheiros, paixões, inimigos. Precisamos de amor e ódio. Precisamos confiar e que confiem em nós.
Eu percebi que eu não posso esperar ser tudo que eu preciso. Porque eu nunca vou ser, e ninguém é. Ninguém nunca é tudo o que precisa.
Eu percebi como a minha família foi importante. Essa desde que eu nasci está lá, perto ou não, mas lá, para as mudanças mais profundas.
Como foram importantes as amizades. Com os amigos verdadeiros nós aprendemos o que é a verdade. O que dura e o que é passageiro. Aprendemos a dar valor.
Eu aprendi como é importante ter pessoas que te amam ao seu lado para criticar. Porque não é possível que alguém que te ame só elogie. Nós precisamos de críticas, para enxergar tudo que fazemos de errado, para melhorar, para superar, para aceitar.
Eu aprendi como é importante ouvir e ser ouvido, como é importante falar e omitir. Não podemos fazer tudo ao mesmo tempo, não podemos ser perfeitos sempre.
E não podemos lutar sozinhos sempre, nem para sempre.
Eu descobri que teve e sempre haverá horas em que você se encontrará jogado ao chão e precisará ter alguém ao lado que ainda acredite em você, quando você duvidar; que te levante, quando ao tanto cair se cansar de levantar sozinho; que confie quando você não mais confiar.
Porque nós não acreditamos para sempre. Não lutamos para sempre.
Precisamos de pessoas que lutem por nós quando estivermos feridos.
E eu sou imensamente feliz pois eu descobri que as tenho.
E eu agradeço do fundo do meu coração por cada uma delas que se fizeram presentes, que confiaram, lutaram, acreditaram em mim nas horas que eu mais precisei.
Que reuniram os pedaços de um coração partido, cujas peças já não podia achar. Curaram feridas supostamente incuráveis.
Porque eu sempre achei, que os dias não podem ser só de sol, nem só de chuva.
As flores apenas nascem se forem regadas com chuva, e iluminadas por sol.
Obrigada àqueles que puderam me mostrar que as flores sempre podem desabrochar, e que elas fazem isso por si só. Ainda que precisem de ajuda para que possam fazê-lo.
domingo, 12 de dezembro de 2010
Purity
Rompera seu casulo há pouco.
A pequena borboleta voava,
perambulava e saçaricava de flor em flor
Rodopiava, batia as belas asinhas, deixando cair pouco do seu colorido pó.
Era todo dia a mesma coisa,
saía para o jardim, para as flores,
e pelo jardim, pelas flores, continuava a sair.
Ela era tão jovem. Se maravilhava pelas violetas, margaridas, lírios, rosas.
Sempre era sol em seu mundo de cores e perfumes.
Ela não se preocupava. Faria para sempre seu lindo e particular espetáculo às flores. Não se preocupava - não havia por que se preocupar.
Costumava ser aquela desprezível lagartinha.
Já que foram-lhe dadas asas, para que parar de voar um momento sequer?
A linda e colorida borboleta era ainda jovem, desconhecia até mesmo sua inocência e ingenuidade.
Nunca pararia, porque nunca haveria de cansar.
A borboleta viveria para sempre.
Sua infinita vida seria para sempre colorida, desprecavida, perfumada.
A borboleta seria para sempre linda, rodopiante, ingênua.
Ela nunca pararia, nunca se procuparia.
Seria para sempre jovem. Para sempre livre. Para sempre feliz.
Para sempre, inocente.
A pequena borboleta voava,
perambulava e saçaricava de flor em flor
Rodopiava, batia as belas asinhas, deixando cair pouco do seu colorido pó.
Era todo dia a mesma coisa,
saía para o jardim, para as flores,
e pelo jardim, pelas flores, continuava a sair.
Ela era tão jovem. Se maravilhava pelas violetas, margaridas, lírios, rosas.
Sempre era sol em seu mundo de cores e perfumes.
Ela não se preocupava. Faria para sempre seu lindo e particular espetáculo às flores. Não se preocupava - não havia por que se preocupar.
Costumava ser aquela desprezível lagartinha.
Já que foram-lhe dadas asas, para que parar de voar um momento sequer?
A linda e colorida borboleta era ainda jovem, desconhecia até mesmo sua inocência e ingenuidade.
Nunca pararia, porque nunca haveria de cansar.
A borboleta viveria para sempre.
Sua infinita vida seria para sempre colorida, desprecavida, perfumada.
A borboleta seria para sempre linda, rodopiante, ingênua.
Ela nunca pararia, nunca se procuparia.
Seria para sempre jovem. Para sempre livre. Para sempre feliz.
Para sempre, inocente.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
O Tempo.
Ele é uma criança.
E assim corre, como a água, vital e líquida.
A brisa: Momentânea, inevitável.
Não há opções. Ele se irá. Irão-se todos.
Por vezes ela achou melhor correr atrás. Segui-lo.
Ela achava. Ainda achava que amá-lo pelo momento era a solução de perpetuá-lo
Mas ela se enganava.
Ele era imperpetuável, ainda que infinito.
Ela deu todo seu amor; Tentou agarrá-lo. Por entre os dedos ele se foi.
Como a água, a que não se pode ater.
E gradualmente desvanecia, como uma velha fotografia, que passa a restar apenas na lembrança.
Ela lutava para não esquecê-lo. Anotou.
Magoava-se a reler sua anotação e constatar que, cada vez mais, a lembrança estava menos nítida. Faltavam-lhe detalhes.
Por vezes ela pensou que seria inevitável deixá-lo ir.
Por vezes ela também acertava.
Chorou. Chorou por pensar em como o que fora tudo tornou-se nada.
Como até as melhores fotos desbotam.
Como os melhores perfumes se perdem no ar,
e como até as mais lindas flores murcham.
Ela cresceu. E cansou-se de chorar.
Cansou-se de tentar segurá-lo, e vê-lo, invariavelmente, esvair-se por entre seus dedos.
Não cansou-se dele, entretanto. Ele fora tudo.
Tudo que tivera, tudo que terá.
Ela tentara tudo.
Ela fora tudo.
Tudo que conseguira, que pudera.
Até as mais belas fotos se desbotam.
Ela cresceu. E aceitou, pela primeira vez.
Ele fora tudo, mas um dia será nada.
Ora, tudo que fora tudo será nada um dia.
Conformou-se, pela primeira vez.
Já sorria para seus dedos que por vezes tentaram agarrá-lo, pará-lo.
Eles lhe foram tudo.
E algum dia serão nada.
E assim corre, como a água, vital e líquida.
A brisa: Momentânea, inevitável.
Não há opções. Ele se irá. Irão-se todos.
Por vezes ela achou melhor correr atrás. Segui-lo.
Ela achava. Ainda achava que amá-lo pelo momento era a solução de perpetuá-lo
Mas ela se enganava.
Ele era imperpetuável, ainda que infinito.
Ela deu todo seu amor; Tentou agarrá-lo. Por entre os dedos ele se foi.
Como a água, a que não se pode ater.
E gradualmente desvanecia, como uma velha fotografia, que passa a restar apenas na lembrança.
Ela lutava para não esquecê-lo. Anotou.
Magoava-se a reler sua anotação e constatar que, cada vez mais, a lembrança estava menos nítida. Faltavam-lhe detalhes.
Por vezes ela pensou que seria inevitável deixá-lo ir.
Por vezes ela também acertava.
Chorou. Chorou por pensar em como o que fora tudo tornou-se nada.
Como até as melhores fotos desbotam.
Como os melhores perfumes se perdem no ar,
e como até as mais lindas flores murcham.
Ela cresceu. E cansou-se de chorar.
Cansou-se de tentar segurá-lo, e vê-lo, invariavelmente, esvair-se por entre seus dedos.
Não cansou-se dele, entretanto. Ele fora tudo.
Tudo que tivera, tudo que terá.
Ela tentara tudo.
Ela fora tudo.
Tudo que conseguira, que pudera.
Até as mais belas fotos se desbotam.
Ela cresceu. E aceitou, pela primeira vez.
Ele fora tudo, mas um dia será nada.
Ora, tudo que fora tudo será nada um dia.
Conformou-se, pela primeira vez.
Já sorria para seus dedos que por vezes tentaram agarrá-lo, pará-lo.
Eles lhe foram tudo.
E algum dia serão nada.
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