Shall I compare it to a fire
that burns in the soul, enkindles desire?
It is what lovers search for
for all their lives,
Door by door
Well, sooner had I noticed
finding love would be so hard
'Cause love just isn't love
When it isn't from the heart
Never had words been so wrong,
When they meant something was strong
would be forever, and now it's gone.
Not only can't eyes see inside
But also don't know how to lie
Only one does mean the truth
If he's looking back at you
Not in the eyes, but with the heart
Which then beats faster, is complete
Because it knew right from the start
That you were just the missing piece.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
A Fonte da Sorte
( Os Contos de Beedle, o Bardo - J.K. Rowling )
Achei um resuminho que eu tinha feito um tempo atrás desse conto. Vale a pena ler o livrinho. :)
Uma vez por ano, (...) um único infeliz recebia a oportunidade de competir para chegar à fonte, banhar-se em suas águas e ter sorte a vida inteira.
Três bruxas (...) contaram umas às outras suas tristezas enquanto esperavam o sol nascer.
A primeira, cujo nome era Asha, sofria de uma doença que nennhum curandeiro conseguia eliminar. Ela esperava que a fonte fizesse desaparecer os seus sintomas e lhe concedesse uma vida longa e feliz.
A segunda, cujo nome era Altheda, tivera sua casa, seu ouro e sua varinha roubados (...). Ela esperava que a fonte a aliviasse de sua fraqueza e pobreza.
A terceira, cujo nome era Amata, fora abandonada por um homem a quem amava profundamente, e acreditava que seu coração partido jamais se recuperaria. Esperava que a fonte aliviasse sua dor e saudade.
Apiedando-se umas das outras, as três mulheres concordaram que, se lhes coubesse a chance, elas se uniriam e tentariam chegar à fonte juntas.
O primeiro raio de sol rasgou o céu, e uma fresta se abriu no muro. Plantas rastejantes do interior do jardim serpearam pela massa ansiosa e se enrolaram na primeira bruxa, Asha. Ela agarrou o pulso da segunda bruxa, Altheda, que segurou com força as vestes da terceira bruxa, Amata.
E Amata se enredou na armadura de um cavaleiro de triste figura que montava um cavalo esquelético.
[...]
Asha e Altheda se zangaram com Amata, que, acidentalmente, trouxera junto o cavaleiro.
[...]
Ora, o Cavaleiro Azarado, como era conhecido nas terras além-muros, observou que as mulheres eram bruxas e, não sendo ele dotado de magia, nem de grande perícia (...), nem de nada que o distinguisse como homem não mágico, ficou convencido que não havia esperanças de chegar à fonte antes das três mulheres. Anunciou, portanto, sua intenção de sair do jardim.
(...)Amata se aborreceu também.
- Medroso!- ela o censurou. - Desembainhe sua espada, Cavaleiro, e nos ajude a atingir a nossa meta.
E, assim, as três bruxas e o infeliz cavaleiro se aventuraram pelo jardim encantado (...). Eles não encontraram obstáculo algum até alcançar o sopé do morro em que se erguia a fonte.
Ali, enrolado na base do morro, havia um monstruoso verme branco, inchado e cego. À aproximação do grupo, ele (...) proferiu as seguintes palavras:
"Paguem-me a prova de suas dores"
O Cavaleiro azarado sacou a espada e tentou matar o bicho, mas a espada se partiu. Então Altheda atirou pedras no verme, enquanto Asha e Amata experimentaram todos os feitiços que poderiam subjugá-lo ou hipnotizá-lo, mas o poder de suas varinhas não foi mais eficaz do que a pedra da amiga ou a espada do cavaleiro (...).
O sol foi subindo sempre mais alto no céu e Asha, deseperada, começou a chorar.
Então o enorme verme encostou o focinho no rosto dela e bebeu suas lágrimas. (...) deslizou para um lado e sumiu por um buraco no chão.
(...) começaram a subir o morro, certos de que chegariam à fonte antes do meio-dia.
A meio caminho da subida íngreme, porém, eles encontraram palavras gravadas no chão.
"Paguem-me os frutos do seu árduo trabalho"
O Cavaleiro Azarado apanhou sua única moeda e colocou-a na encosta relvada, mas ela rolou para longe e se perdeu. As três bruxas e o cavaleiro continuaram a subir, e, embora tivessem andado durante horas, não avançaram um único passo; o topo continuava distante e a inscrição permanecia no chão diante deles.
[...]
- Coragem, amigos, não fraquejem! - gritava ela, enxugando o suor do rosto.
(...)correram para o alto o mais rápido que puderam, até que, por fim, avistaram a fonte, refulgindo cristalina em meio a árvores e flores.
Antes de alcançá-la, no entanto, encontraram barrando o seu caminho um riacho (...). No fundo da água transparente havia uma pedra lisa com as seguintes palavras:
"Paguem-me o tesouro do seu passado"
O Cavaleiro Azarado tentou atravessar o curso d`água flutuando sobre seu escudo, mas afundou. As três bruxas o tiraram de dentro do riacho e tentaram saltar por cima da água, mas o riacho não as deixou atravessar (...).
Eles começaram, então, a refletir sobre a mensagem na pedra, e Amata foi a primeira a compreendê-la. Apanhando a varinha, apagou da mente todas as lembranças dos momentos felizes com o seu amor desaparecido e deixou-as cair na correnteza. O riacho as levou para longe, deixando aparecer pedras planas e, finalmente, as três bruxas e o cavaleiro puderam atravessar em direção ao topo do morro.
A fonte refulgiu diante dos quatro, (...) e chegou a hora de decidir qual deles iria se banhar.
Antes, porém, que chegassem a uma conclusão, (...) Asha tombou no chão. Exausta com o esforço da subida, estava à beira da morte.
Seus três amigos a teriam carregado até a fonte, mas Asha, em agonia mortal, lhes pediu que não a tocassem.
Então Altheda começou a colher as ervas que julgasse mais úteis, misturou-as na cabeça de água do Cavaleiro Azarado e levou a poção à boca de Asha.
Na mesma hora, Asha conseguiu se pôr de pé. Além disso, todos os sintomas de sua terrível enfermidade tinham desaparecido.
- Estou curada! - exclamou ela.- Não preciso da fonte; deixem Altheda se banhar!
Altheda, porém, estava ocupada colhendo mais ervas em seu avental.
- Se fui capaz de curar essa doença, posso ganhar muito ouro! Deixem Amata se banhar!
O Cavaleiro Azarado (...) indicou a fonte a Amata, mas ela sacudiu a cabeça. O riacho tinha lavado todos os seus desapontamentos de amor, e ela percebia agora que o antigo amado fora insensível e infiel, e que era uma grande felicidade ter se livrado dele.
- Bom Cavaleiro, o senhor deve se banhar, em recompensa de toda a sua nobreza! - disse ela ao Cavaleiro Azarado.
Então ele (...) se banhou na Fonte da Sorte (...).
Quando o Sol se pôs no horizonte, o Cavaleiro Azarado se ergueu das águas sentindo-se glorioso com seu triunfo, e se atirou, ainda vestindo a armadura enferrujada, aos pés de Amata, a mulher mais bondosa e bela que já contemplara. Alvoroçado com o bom sucesso, pediu sua mão e seu coração, e Amata, não menos feliz, percebeu que encontrara um homem que merecia os dois.
As três bruxas e o cavaleiro desceram o morro juntos, de braços dados, e os quatro levaram vidas longas e venturosas, sem jamais saber nem suspeitar que as águas da fonte não possuíam encanto algum.
Achei um resuminho que eu tinha feito um tempo atrás desse conto. Vale a pena ler o livrinho. :)
Uma vez por ano, (...) um único infeliz recebia a oportunidade de competir para chegar à fonte, banhar-se em suas águas e ter sorte a vida inteira.
Três bruxas (...) contaram umas às outras suas tristezas enquanto esperavam o sol nascer.
A primeira, cujo nome era Asha, sofria de uma doença que nennhum curandeiro conseguia eliminar. Ela esperava que a fonte fizesse desaparecer os seus sintomas e lhe concedesse uma vida longa e feliz.
A segunda, cujo nome era Altheda, tivera sua casa, seu ouro e sua varinha roubados (...). Ela esperava que a fonte a aliviasse de sua fraqueza e pobreza.
A terceira, cujo nome era Amata, fora abandonada por um homem a quem amava profundamente, e acreditava que seu coração partido jamais se recuperaria. Esperava que a fonte aliviasse sua dor e saudade.
Apiedando-se umas das outras, as três mulheres concordaram que, se lhes coubesse a chance, elas se uniriam e tentariam chegar à fonte juntas.
O primeiro raio de sol rasgou o céu, e uma fresta se abriu no muro. Plantas rastejantes do interior do jardim serpearam pela massa ansiosa e se enrolaram na primeira bruxa, Asha. Ela agarrou o pulso da segunda bruxa, Altheda, que segurou com força as vestes da terceira bruxa, Amata.
E Amata se enredou na armadura de um cavaleiro de triste figura que montava um cavalo esquelético.
[...]
Asha e Altheda se zangaram com Amata, que, acidentalmente, trouxera junto o cavaleiro.
[...]
Ora, o Cavaleiro Azarado, como era conhecido nas terras além-muros, observou que as mulheres eram bruxas e, não sendo ele dotado de magia, nem de grande perícia (...), nem de nada que o distinguisse como homem não mágico, ficou convencido que não havia esperanças de chegar à fonte antes das três mulheres. Anunciou, portanto, sua intenção de sair do jardim.
(...)Amata se aborreceu também.
- Medroso!- ela o censurou. - Desembainhe sua espada, Cavaleiro, e nos ajude a atingir a nossa meta.
E, assim, as três bruxas e o infeliz cavaleiro se aventuraram pelo jardim encantado (...). Eles não encontraram obstáculo algum até alcançar o sopé do morro em que se erguia a fonte.
Ali, enrolado na base do morro, havia um monstruoso verme branco, inchado e cego. À aproximação do grupo, ele (...) proferiu as seguintes palavras:
"Paguem-me a prova de suas dores"
O Cavaleiro azarado sacou a espada e tentou matar o bicho, mas a espada se partiu. Então Altheda atirou pedras no verme, enquanto Asha e Amata experimentaram todos os feitiços que poderiam subjugá-lo ou hipnotizá-lo, mas o poder de suas varinhas não foi mais eficaz do que a pedra da amiga ou a espada do cavaleiro (...).
O sol foi subindo sempre mais alto no céu e Asha, deseperada, começou a chorar.
Então o enorme verme encostou o focinho no rosto dela e bebeu suas lágrimas. (...) deslizou para um lado e sumiu por um buraco no chão.
(...) começaram a subir o morro, certos de que chegariam à fonte antes do meio-dia.
A meio caminho da subida íngreme, porém, eles encontraram palavras gravadas no chão.
"Paguem-me os frutos do seu árduo trabalho"
O Cavaleiro Azarado apanhou sua única moeda e colocou-a na encosta relvada, mas ela rolou para longe e se perdeu. As três bruxas e o cavaleiro continuaram a subir, e, embora tivessem andado durante horas, não avançaram um único passo; o topo continuava distante e a inscrição permanecia no chão diante deles.
[...]
- Coragem, amigos, não fraquejem! - gritava ela, enxugando o suor do rosto.
(...)correram para o alto o mais rápido que puderam, até que, por fim, avistaram a fonte, refulgindo cristalina em meio a árvores e flores.
Antes de alcançá-la, no entanto, encontraram barrando o seu caminho um riacho (...). No fundo da água transparente havia uma pedra lisa com as seguintes palavras:
"Paguem-me o tesouro do seu passado"
O Cavaleiro Azarado tentou atravessar o curso d`água flutuando sobre seu escudo, mas afundou. As três bruxas o tiraram de dentro do riacho e tentaram saltar por cima da água, mas o riacho não as deixou atravessar (...).
Eles começaram, então, a refletir sobre a mensagem na pedra, e Amata foi a primeira a compreendê-la. Apanhando a varinha, apagou da mente todas as lembranças dos momentos felizes com o seu amor desaparecido e deixou-as cair na correnteza. O riacho as levou para longe, deixando aparecer pedras planas e, finalmente, as três bruxas e o cavaleiro puderam atravessar em direção ao topo do morro.
A fonte refulgiu diante dos quatro, (...) e chegou a hora de decidir qual deles iria se banhar.
Antes, porém, que chegassem a uma conclusão, (...) Asha tombou no chão. Exausta com o esforço da subida, estava à beira da morte.
Seus três amigos a teriam carregado até a fonte, mas Asha, em agonia mortal, lhes pediu que não a tocassem.
Então Altheda começou a colher as ervas que julgasse mais úteis, misturou-as na cabeça de água do Cavaleiro Azarado e levou a poção à boca de Asha.
Na mesma hora, Asha conseguiu se pôr de pé. Além disso, todos os sintomas de sua terrível enfermidade tinham desaparecido.
- Estou curada! - exclamou ela.- Não preciso da fonte; deixem Altheda se banhar!
Altheda, porém, estava ocupada colhendo mais ervas em seu avental.
- Se fui capaz de curar essa doença, posso ganhar muito ouro! Deixem Amata se banhar!
O Cavaleiro Azarado (...) indicou a fonte a Amata, mas ela sacudiu a cabeça. O riacho tinha lavado todos os seus desapontamentos de amor, e ela percebia agora que o antigo amado fora insensível e infiel, e que era uma grande felicidade ter se livrado dele.
- Bom Cavaleiro, o senhor deve se banhar, em recompensa de toda a sua nobreza! - disse ela ao Cavaleiro Azarado.
Então ele (...) se banhou na Fonte da Sorte (...).
Quando o Sol se pôs no horizonte, o Cavaleiro Azarado se ergueu das águas sentindo-se glorioso com seu triunfo, e se atirou, ainda vestindo a armadura enferrujada, aos pés de Amata, a mulher mais bondosa e bela que já contemplara. Alvoroçado com o bom sucesso, pediu sua mão e seu coração, e Amata, não menos feliz, percebeu que encontrara um homem que merecia os dois.
As três bruxas e o cavaleiro desceram o morro juntos, de braços dados, e os quatro levaram vidas longas e venturosas, sem jamais saber nem suspeitar que as águas da fonte não possuíam encanto algum.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Confissões.
Confie em si mesmo,
Seja forte,
Você consegue,
Só confie em si mesmo.
Todos dizem para você ser forte o bastante para aguentar qualquer queda. Para se estruturar para que um baque forte não te abale o suficiente. Para reunir o suficiente para construir sua própria muralha, não ser dependente e saber se virar sozinho.
Acredite em si mesmo. Lute por si.
Eu vivi e aprendi que é importante ser forte, é importante acreditar.
Mas tem horas que ser forte não é o suficiente, acreditar não é o suficiente, lutar por mim não é o suficiente.
Eu descobri que não se pode ser forte o bastante para que um forte baque não te abale.
Tem horas que nada disso é suficiente. Tem horas que precisamos que alguém confie em nós, que alguém acredite em nós, que alguém lute conosco.
Não tem essa de lutar sozinho. A vida não é percorrida por seus únicos passos. Você pode ser independente, até certo ponto. Mas um dia você vai encontrar um obstáculo e ele vai te derrubar. Porque todos nós caímos.
E tem horas que nós não somos fortes o suficiente para nos apoiar em nossos punhos sangrentos e levantar. Precisamos olhar para os lados e encontrar alguém que nos ajude a levantar, que nos apoie, que nos mostre novas perspectivas.
E são nessas horas mais difíceis, que a nossa imensa força sucumbe a um frágil obstáculo; que nossa muralha desmorona e percebemos que não somos imunes ao mundo. Que não conseguimos ser autossuficientes. Nós precisamos de ajuda. Precisamos de companhia, de amigos, familiares, companheiros, paixões, inimigos. Precisamos de amor e ódio. Precisamos confiar e que confiem em nós.
Eu percebi que eu não posso esperar ser tudo que eu preciso. Porque eu nunca vou ser, e ninguém é. Ninguém nunca é tudo o que precisa.
Eu percebi como a minha família foi importante. Essa desde que eu nasci está lá, perto ou não, mas lá, para as mudanças mais profundas.
Como foram importantes as amizades. Com os amigos verdadeiros nós aprendemos o que é a verdade. O que dura e o que é passageiro. Aprendemos a dar valor.
Eu aprendi como é importante ter pessoas que te amam ao seu lado para criticar. Porque não é possível que alguém que te ame só elogie. Nós precisamos de críticas, para enxergar tudo que fazemos de errado, para melhorar, para superar, para aceitar.
Eu aprendi como é importante ouvir e ser ouvido, como é importante falar e omitir. Não podemos fazer tudo ao mesmo tempo, não podemos ser perfeitos sempre.
E não podemos lutar sozinhos sempre, nem para sempre.
Eu descobri que teve e sempre haverá horas em que você se encontrará jogado ao chão e precisará ter alguém ao lado que ainda acredite em você, quando você duvidar; que te levante, quando ao tanto cair se cansar de levantar sozinho; que confie quando você não mais confiar.
Porque nós não acreditamos para sempre. Não lutamos para sempre.
Precisamos de pessoas que lutem por nós quando estivermos feridos.
E eu sou imensamente feliz pois eu descobri que as tenho.
E eu agradeço do fundo do meu coração por cada uma delas que se fizeram presentes, que confiaram, lutaram, acreditaram em mim nas horas que eu mais precisei.
Que reuniram os pedaços de um coração partido, cujas peças já não podia achar. Curaram feridas supostamente incuráveis.
Porque eu sempre achei, que os dias não podem ser só de sol, nem só de chuva.
As flores apenas nascem se forem regadas com chuva, e iluminadas por sol.
Obrigada àqueles que puderam me mostrar que as flores sempre podem desabrochar, e que elas fazem isso por si só. Ainda que precisem de ajuda para que possam fazê-lo.
domingo, 12 de dezembro de 2010
Purity
Rompera seu casulo há pouco.
A pequena borboleta voava,
perambulava e saçaricava de flor em flor
Rodopiava, batia as belas asinhas, deixando cair pouco do seu colorido pó.
Era todo dia a mesma coisa,
saía para o jardim, para as flores,
e pelo jardim, pelas flores, continuava a sair.
Ela era tão jovem. Se maravilhava pelas violetas, margaridas, lírios, rosas.
Sempre era sol em seu mundo de cores e perfumes.
Ela não se preocupava. Faria para sempre seu lindo e particular espetáculo às flores. Não se preocupava - não havia por que se preocupar.
Costumava ser aquela desprezível lagartinha.
Já que foram-lhe dadas asas, para que parar de voar um momento sequer?
A linda e colorida borboleta era ainda jovem, desconhecia até mesmo sua inocência e ingenuidade.
Nunca pararia, porque nunca haveria de cansar.
A borboleta viveria para sempre.
Sua infinita vida seria para sempre colorida, desprecavida, perfumada.
A borboleta seria para sempre linda, rodopiante, ingênua.
Ela nunca pararia, nunca se procuparia.
Seria para sempre jovem. Para sempre livre. Para sempre feliz.
Para sempre, inocente.
A pequena borboleta voava,
perambulava e saçaricava de flor em flor
Rodopiava, batia as belas asinhas, deixando cair pouco do seu colorido pó.
Era todo dia a mesma coisa,
saía para o jardim, para as flores,
e pelo jardim, pelas flores, continuava a sair.
Ela era tão jovem. Se maravilhava pelas violetas, margaridas, lírios, rosas.
Sempre era sol em seu mundo de cores e perfumes.
Ela não se preocupava. Faria para sempre seu lindo e particular espetáculo às flores. Não se preocupava - não havia por que se preocupar.
Costumava ser aquela desprezível lagartinha.
Já que foram-lhe dadas asas, para que parar de voar um momento sequer?
A linda e colorida borboleta era ainda jovem, desconhecia até mesmo sua inocência e ingenuidade.
Nunca pararia, porque nunca haveria de cansar.
A borboleta viveria para sempre.
Sua infinita vida seria para sempre colorida, desprecavida, perfumada.
A borboleta seria para sempre linda, rodopiante, ingênua.
Ela nunca pararia, nunca se procuparia.
Seria para sempre jovem. Para sempre livre. Para sempre feliz.
Para sempre, inocente.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
O Tempo.
Ele é uma criança.
E assim corre, como a água, vital e líquida.
A brisa: Momentânea, inevitável.
Não há opções. Ele se irá. Irão-se todos.
Por vezes ela achou melhor correr atrás. Segui-lo.
Ela achava. Ainda achava que amá-lo pelo momento era a solução de perpetuá-lo
Mas ela se enganava.
Ele era imperpetuável, ainda que infinito.
Ela deu todo seu amor; Tentou agarrá-lo. Por entre os dedos ele se foi.
Como a água, a que não se pode ater.
E gradualmente desvanecia, como uma velha fotografia, que passa a restar apenas na lembrança.
Ela lutava para não esquecê-lo. Anotou.
Magoava-se a reler sua anotação e constatar que, cada vez mais, a lembrança estava menos nítida. Faltavam-lhe detalhes.
Por vezes ela pensou que seria inevitável deixá-lo ir.
Por vezes ela também acertava.
Chorou. Chorou por pensar em como o que fora tudo tornou-se nada.
Como até as melhores fotos desbotam.
Como os melhores perfumes se perdem no ar,
e como até as mais lindas flores murcham.
Ela cresceu. E cansou-se de chorar.
Cansou-se de tentar segurá-lo, e vê-lo, invariavelmente, esvair-se por entre seus dedos.
Não cansou-se dele, entretanto. Ele fora tudo.
Tudo que tivera, tudo que terá.
Ela tentara tudo.
Ela fora tudo.
Tudo que conseguira, que pudera.
Até as mais belas fotos se desbotam.
Ela cresceu. E aceitou, pela primeira vez.
Ele fora tudo, mas um dia será nada.
Ora, tudo que fora tudo será nada um dia.
Conformou-se, pela primeira vez.
Já sorria para seus dedos que por vezes tentaram agarrá-lo, pará-lo.
Eles lhe foram tudo.
E algum dia serão nada.
E assim corre, como a água, vital e líquida.
A brisa: Momentânea, inevitável.
Não há opções. Ele se irá. Irão-se todos.
Por vezes ela achou melhor correr atrás. Segui-lo.
Ela achava. Ainda achava que amá-lo pelo momento era a solução de perpetuá-lo
Mas ela se enganava.
Ele era imperpetuável, ainda que infinito.
Ela deu todo seu amor; Tentou agarrá-lo. Por entre os dedos ele se foi.
Como a água, a que não se pode ater.
E gradualmente desvanecia, como uma velha fotografia, que passa a restar apenas na lembrança.
Ela lutava para não esquecê-lo. Anotou.
Magoava-se a reler sua anotação e constatar que, cada vez mais, a lembrança estava menos nítida. Faltavam-lhe detalhes.
Por vezes ela pensou que seria inevitável deixá-lo ir.
Por vezes ela também acertava.
Chorou. Chorou por pensar em como o que fora tudo tornou-se nada.
Como até as melhores fotos desbotam.
Como os melhores perfumes se perdem no ar,
e como até as mais lindas flores murcham.
Ela cresceu. E cansou-se de chorar.
Cansou-se de tentar segurá-lo, e vê-lo, invariavelmente, esvair-se por entre seus dedos.
Não cansou-se dele, entretanto. Ele fora tudo.
Tudo que tivera, tudo que terá.
Ela tentara tudo.
Ela fora tudo.
Tudo que conseguira, que pudera.
Até as mais belas fotos se desbotam.
Ela cresceu. E aceitou, pela primeira vez.
Ele fora tudo, mas um dia será nada.
Ora, tudo que fora tudo será nada um dia.
Conformou-se, pela primeira vez.
Já sorria para seus dedos que por vezes tentaram agarrá-lo, pará-lo.
Eles lhe foram tudo.
E algum dia serão nada.
sábado, 27 de novembro de 2010
sweet mirror
Look at me; you may think you see who I really am, but you'll never know me.
Every day, it's as if I play a part.
Now I see - if I wear a mask, I can fool the world, but I cannot fool my heart.
Who is that girl I see, staring straight back at me?
When will my reflection show who I am inside?
I am now in a world where I have to hide my heart and what I believe in
But somehow I will show the world what's inside my heart and be loved for who I am.
Who is that girl I see staring straight back at me?
Why is my reflection someone I don't know?
Must I pretend that I'm someone else for all time?
When will my reflection show who I am inside?
There's a heart that must be free to fly, that burns with a need to know the reason why;
Why must we all conceal what we think, how we feel?
Must there be a secret me I'm forced to hide?
I won't pretend that I'm someone else for all time
When will my reflection show who I am inside?
When will my reflection show who I am inside?
Muitos Aniversários de Vida!
No dia do seu aniversário, todos querem o seu bem. Se você for fazer festa, todos te amam. Mas, se você for uma criança (ou pai de uma), todos, além de te amar e querer o seu bem, contam os dias para a sua festa - de barriga vazia. É curioso o comportamento das pessoas em festa de criança.
Outro dia, fui numa festa de um amiguinho da minha irmã, e notei aspectos curiosos dos presentes na ocasião. Na verdade, de todo o evento em si e em geral. Na festa de criança, o mais importante para atrair os convidados é o convite; o personagem em sua capa e a letra em que é escrito. A primeira pergunta que a criança faz é: "Vai ter bicho? Vai ter palhaço?"; enquanto os pais, que aprenderam a fazer certas perguntas apenas no pensamento - mas que ainda podemos ler nas entrelinhas - se perguntam: "Quanto demora? Vai ter comida?"
A animação dos pais é inversamente proporcional à da criança. Quando o filho acha que vai ser chato, cafona, os pais se interessam explendidamente pela ocasião, mas quanto mais o filho idolatra a ideia de ir, mais o pai reza para que chova. Porque o filho lhe lembra da roupa ("vou ter que arrumar..."), dos brinquedos ("será que ele vai se machucar?"), do presente ("vou ter que comprar..."), dos amigos que vão ("quanta criança correndo!"), e de como ele vai se divertir ("eu vou ter que correr atrás. Passar calor. Ai minha Nossa Senhora, me salve dessa.").
Mas o mais curioso mesmo é o comportamente durante o evento. Para cada convidado, vem a família com pelo menos três, para ocupar mesa. A criança mal chega e vai correr, o que obriga a um responsável ir atrás. Os outros dois se encaminham à mesa, e mal sentam olham o relógio. Percorro os olhos pelas mesas e vejo estampado em seus rostos: "Oba, já chegamos meia hora atrasados!", "Calma, mal começou.", "Será que já começaram a servir?", "Que horas acaba mesmo?". E então aquele tédio se apodera de suas almas. A distração é comer por si e pela criança que corre, sorrindo brevemente ao ver o garçom se aproximar.
Como é duro ficar 4 horas em uma mesa! E, pela quinquagésima sexta olhada ao relógio, observei um novo balão de pensamento: "Ei, já está quase na hora do parabéns!". A melhor hora da festa. Pega o filho, reúne à mesa, dá um abraço no aniversariante, deseja felicidades, anos de vida e... Mas onde será que está o bolo mesmo?
Outro dia, fui numa festa de um amiguinho da minha irmã, e notei aspectos curiosos dos presentes na ocasião. Na verdade, de todo o evento em si e em geral. Na festa de criança, o mais importante para atrair os convidados é o convite; o personagem em sua capa e a letra em que é escrito. A primeira pergunta que a criança faz é: "Vai ter bicho? Vai ter palhaço?"; enquanto os pais, que aprenderam a fazer certas perguntas apenas no pensamento - mas que ainda podemos ler nas entrelinhas - se perguntam: "Quanto demora? Vai ter comida?"
A animação dos pais é inversamente proporcional à da criança. Quando o filho acha que vai ser chato, cafona, os pais se interessam explendidamente pela ocasião, mas quanto mais o filho idolatra a ideia de ir, mais o pai reza para que chova. Porque o filho lhe lembra da roupa ("vou ter que arrumar..."), dos brinquedos ("será que ele vai se machucar?"), do presente ("vou ter que comprar..."), dos amigos que vão ("quanta criança correndo!"), e de como ele vai se divertir ("eu vou ter que correr atrás. Passar calor. Ai minha Nossa Senhora, me salve dessa.").
Mas o mais curioso mesmo é o comportamente durante o evento. Para cada convidado, vem a família com pelo menos três, para ocupar mesa. A criança mal chega e vai correr, o que obriga a um responsável ir atrás. Os outros dois se encaminham à mesa, e mal sentam olham o relógio. Percorro os olhos pelas mesas e vejo estampado em seus rostos: "Oba, já chegamos meia hora atrasados!", "Calma, mal começou.", "Será que já começaram a servir?", "Que horas acaba mesmo?". E então aquele tédio se apodera de suas almas. A distração é comer por si e pela criança que corre, sorrindo brevemente ao ver o garçom se aproximar.
Como é duro ficar 4 horas em uma mesa! E, pela quinquagésima sexta olhada ao relógio, observei um novo balão de pensamento: "Ei, já está quase na hora do parabéns!". A melhor hora da festa. Pega o filho, reúne à mesa, dá um abraço no aniversariante, deseja felicidades, anos de vida e... Mas onde será que está o bolo mesmo?
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Tesouros
Quem deseja grandeza acima de tudo, de fato nunca notou na sua pequenez.
Pois se entendesse o quão pequeno é perto do mundo, pararia de tentar crescer visivelmente, e buscaria crescer por dentro.
Pois algum dia tudo acaba, até mesmo a maior construção se deteriora.
Seu corpo se degrada.
Seus amigos não estarão mais contigo, seja qual for a razão, é o destino.
Crescer para ser, crescer para aparecer, ou parecer maior do que de fato se é?
Não crescemos muito, não adianta. O maior homem do mundo tem 2,57m. A Terra tem 510.072 milhões de km. Te parece muito?
Mas ainda podemos ser grandes. Talvez não visivelmente.
Podemos ser grande da melhor maneira possível, da mais nobre e difícil maneira possível.
Grande o suficiente para apenas os poucos - ou os bons - o perceberem.
Grande a ponto de quem te vir na rua nem mesmo notar, ou suspeitar da sua grandeza.
Os maiores tesouros estão muito bem escondidos.
Não esconda a sua grandeza, entretanto.
Guarde-a para quem puder guardá-la.
Ou cultivá-la.
Ame-a.
Algum dia todos nós deixamos o que amamos. Deixe a sua grandeza. Algum dia alguém a encontrará escondida, como um daqueles tesouros.
Alguém que não esteja buscando crescer da primeira forma.
Alguém que ainda veja sonhos.
Algum dia um desses duendes mostrarão o tesouro.
Talvez demorem a achar a pessoa ideal. Talvez poucos creiam.
Mas não se preoucupe, quando tiver que deixar a sua grandeza,
ela estará abrigada no melhor lugar possível.
We are not the world.
We are too small for this big, big world.
We are too small to walk alone, in this big, big world.
I know it seems difficult but,
Why don't we all take each other's hands and walk all together?
And live all together, even if apart.
Because if we share the same world,
why can't we share love?
I guess it's not that hard.
domingo, 21 de novembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
Pelúcias e Lençóis.
Bate a saudade. Vem o fato de que nem tudo está mais em minhas mãos.
A música no random muda. Ela soa tão bem.
Todos os pensamentos se foram.
E a chuva cai.
Pesadamente, iniciando o primeiro minuto de domingo. Após um sábado tão ensolarado.
Será que amanhã o sol vai voltar, ou o tempo vai voltar a ficar uma droga?
Abre o chat. Que sono. O que me mantém acordada até agora?
Não vem razão nenhuma, e com a permanência da incoerência, me continuam a vir pensamentos aleatórios, como que em um bombardeio.
Será que tudo isso é perda de tempo?
Que saco, eu sei de tão pouca coisa. Como nós somos minúsculos.
Parem de me atazanar, perguntas irrespondíveis. Eu não sei as respostas que vocês querem.
Apesar de ainda querer saber.
Tento ignorá-las. A música continua.
Respostas.
Que nada.
Que o sono me venha bom.
Porque em um mundo sem respostas, sonhar é a melhor forma de entrar num mundo onde não importa mais o que é real, se é tudo sonho.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start
And if you could've tried to trust the hand that fed
You would've never been hungry
But you never really be
The more of this or less of this or is there any difference
or are we just holding onto the things we don't have anymore?
You would've never been hungry
But you never really be
The more of this or less of this or is there any difference
or are we just holding onto the things we don't have anymore?
Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer que não existe razão.. ?
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Whenever, son, whatever.
Eis a primeira narração que eu escrevi pra Cultura que eu achei legal. Ponto.
(O tema era sobre alguma coisa de viajantes, então eu não tive muita liberdade, rs. Quis fugir um pouco da rotina, então resolvi fazer uma coisa bem maluca. :P) Tá, vou calar loga a minha boca e escrever. rs.
Lagard, although brightly, had the sun risen that morning. I couldn't tell what made me wake up in time to see it show up, neither why I decided to stay in that town for more than a while. My plans were straight: I would go to my uncle's house in a big city, perhaps stopping in other places to rest my nights. But something in that little town drew my interest, which was enough to make me stay.
There was no one at the inn at the time. I supposed they may all have been sleeping, after that lively night from the day before. I left my bags at my room and went out for a walk. The city was all filled with cottages and small stores, which were all closed. It came to me with peaceful airs, as the perfect place to unwind.(O tema era sobre alguma coisa de viajantes, então eu não tive muita liberdade, rs. Quis fugir um pouco da rotina, então resolvi fazer uma coisa bem maluca. :P) Tá, vou calar loga a minha boca e escrever. rs.
Lagard, although brightly, had the sun risen that morning. I couldn't tell what made me wake up in time to see it show up, neither why I decided to stay in that town for more than a while. My plans were straight: I would go to my uncle's house in a big city, perhaps stopping in other places to rest my nights. But something in that little town drew my interest, which was enough to make me stay.
As hours were going by, I started to odd that nobody would actually leave their homes; there was still no one at the streets, and it was almost lunch time. As I felt hungry, I went back to the inn and took some food I had brought with me. There was still no one at the reception. This town looked just as quiet as it was desert.
Had this made my interest dash and be replaced by dread, I decided to leave some money in the room and exit this town. But as I took my car and searched for the entrance from which I had walked into this place, i realized it had been locked. I couldn't get out.
I took the afternoon looking for a way of getting out of this weird village in which no one appears, and it was 5 p.m. when I first saw someone, opening the windows of his cottage. I stopped the car and asked this old man what happens in this town.
"What happens, son, is that this town only works at night. People sleep during the day, and enjoy the night. Few people have come here as foreigners and left. From what I heard, they all ended up living here. Every 4 a.m. the mayor locks the only entrance so that no one comes in and disturbs our town while everyone is sleeping. He hates foreigners because they can never adapt to our lifestyle and always leave the day after. I must tell you, the only way for you to leave is at night, when the door is open.", told me the man. Now I see why that city looked so lively when I got there at night.
However, along with the sunset and the moon's arrival, there came my tiredness and hunger. I could remember very clearly why I had to come to this place at first, and it was because the road nearby was dark and dangerous. I could in no way travel at night. These thoughts frightened my way back to the inn, where I could already appear to find some movement. People were waking up and I would finally be able to eat something.
I have had my dinner silently lost in my thoughts and decided to visit that man again that night - he looked worried and willing to help. Being lucky, I could get out of here tomorrow.
Having knocked on his door, his face appeared to me in a broad and old smile. "You again!", he said. I explained to him why I couldn't get out at night, how I needed to be on my uncle's house way, and finally that he was my only and last hope. I needed his help.
He quietly listened to everything I had to say, and we sketched a plan. I was fortunate to have found a man who knew exactly how it all worked there and the mayor strategies - he used to be friends with him, but these extreme attitudes from the latter related to foreigners had caused a row.
After a tense night of sleep, I got all my things packed and parked my loaded car in front of the man's house. he took me to the mayor's house, and I had to break into it and get the key. Fortunately he knew where it was; but unfortunately I felt like a burglar and I still want to convince myself it was only a way of getting out safely.
We went back to the old man's cottage and got into the car, so that I could get away. My accomplice - even though I dislike this definition - would unlock the entrance and then put the keys back in the mayor's house. I never thought I would make anyone break into another one's house. Well, amazing how life surprises us.
Once I got here at my uncle's house, I unpacked my baggage. In it I found a kind of post card, which reminded me of that weird town. In it was written: "Come back whenever, son."
Well, I won't. And I am not his son. Whoever the freak is it.
sábado, 6 de novembro de 2010
Tudo isso, nada disso.
Não querendo dizer, mas já dizendo;
Difícil de dizer, Não pode dizer, ou simplesmente, Quero-mas-não-vou ?
Eu não te amo.
Eu preciso de você.
Não gostei de nada disso.
Fala comigo?
Você me irrita.
É pra você adivinhar meus pensamentos, eu não vou falar.
Cala a boca.
Eu importo pra você?
Você é uma perda de espaço (por enquanto).
Eu gosto muito de você, mas você pode sumir por um tempo?
Eu preferia nunca ter falado com você.
Eu sei que não é verdade, mas finjo que acredito.
Eu não sou sua amiga.
Eu sei que você não é minha amiga.
Por que você não fala logo o que você quer?
Eu estou sendo chata de propósito.
Você está falando isso porque é verdade, ou porque é falsidade?
Eu estou puta da vida.
Quero ser sua amiga.
Eu não te odeio, mas quase isso.
Por que você apareceu agora?
Eu não te entendo, explique-se?
Você pode ir se gabar lá na puta que pariu? Obrigada.
Eu estou num dia cu, mas estou fingindo estar bem.
Some da minha vida.
Posso te abraçar?
Você tem cara de ser muito legal.
Me consola?
Eu estou afim de você.
Eu sei que você não quer isso, então pára de fingir.
Posso saber os seus problemas?
Eu sou muito legal, você devia me conhecer.
Você confia em mim?
Você é muito babaca.
Você mente muito.
Você é superficial.
Não sei por que, mas já te adoro.
Bem feito.
Eu te amo.
Difícil de dizer, Não pode dizer, ou simplesmente, Quero-mas-não-vou ?
Eu não te amo.
Eu preciso de você.
Não gostei de nada disso.
Fala comigo?
Você me irrita.
É pra você adivinhar meus pensamentos, eu não vou falar.
Cala a boca.
Eu importo pra você?
Você é uma perda de espaço (por enquanto).
Eu gosto muito de você, mas você pode sumir por um tempo?
Eu preferia nunca ter falado com você.
Eu sei que não é verdade, mas finjo que acredito.
Eu não sou sua amiga.
Eu sei que você não é minha amiga.
Por que você não fala logo o que você quer?
Eu estou sendo chata de propósito.
Você está falando isso porque é verdade, ou porque é falsidade?
Eu estou puta da vida.
Quero ser sua amiga.
Eu não te odeio, mas quase isso.
Por que você apareceu agora?
Eu não te entendo, explique-se?
Você pode ir se gabar lá na puta que pariu? Obrigada.
Eu estou num dia cu, mas estou fingindo estar bem.
Some da minha vida.
Posso te abraçar?
Você tem cara de ser muito legal.
Me consola?
Eu estou afim de você.
Eu sei que você não quer isso, então pára de fingir.
Posso saber os seus problemas?
Eu sou muito legal, você devia me conhecer.
Você confia em mim?
Você é muito babaca.
Você mente muito.
Você é superficial.
Não sei por que, mas já te adoro.
Bem feito.
Eu te amo.
sábado, 23 de outubro de 2010
Oh, Clocks.
Roses
Torn and Dead
They're no more smiling,
no more red.
Look at their trace,
thrown and sad
Oh, shame- no one can erase
what time has set.
Torn and Dead
They're no more smiling,
no more red.
Look at their trace,
thrown and sad
Oh, shame- no one can erase
what time has set.
Armadilhas.
"...E eu acordei sem saber
Se era um sonho. "
Pior é quando se dorme sem saber estar acordado.
Se era um sonho. "
Pior é quando se dorme sem saber estar acordado.
domingo, 10 de outubro de 2010
Secret Blowing Wind
And there comes the rain.
There it comes, and never seems to be leaving.
Once more I wonder what else the wind carries away in its blow
besides those thick raindrops;
love, hope, warm, coziness, a dream...
or only
Cold ?
In its coldness
what can I tell -
Did it tell me?
In its cold
It blew in my ears
Something I didn't expect to hear.
I heard everything it was carrying away.
I heard what no one'd never tell me
I saw why. I saw life and all its whys.
How couldn't I ever see
How cold the wind blows?
How come I'd never seen
How fooled eyes can be...
But then it blew away.
Left me here, possessor of its secrets
Puzzled with its doubts
And timorous with its surety
I'm looking through the window
There goes on rain.
There whistles the wind.
Maybe looking for any unadmonished ear
Willing to whistle its secrects away
Once more.
I wonder how it would feel.
How would the person feel,
as a connoisseur of life and all wind's secrets.
I wonder when will the sun show up again
Come and warm my days up
Oh, I love the sun!
But now it reminds me,
"That's what life is" ,
sometimes there is some rain.
And this secret blowing wind is part of life...
There i caught myself wondering,
Why is this wind so cold some times?
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
A Rosa.
E eu que há anos me dizia romântica.
Mas agora que aprendi sobre o Romantismo, posso dizer, sou tudo, menos romântica.
Porque os românticos são mórbidos.
Os românticos passam tanto do seu tempo apaixonados por uma idealização, que acabam por não se apaixonar por nada real.
E esperam na morte a sua realização.
Quer dizer, qual é a graça de viver toda uma vida pensando em morrer?
Sou a maior defensora dos sonhos. Mas será que sonhar é bom ao ponto de tudo tornar-se tão perfeito e idealizado que nada mais é bom?
Será que sonhar é bom quando, ao abrir os olhos, tudo o que vir for decepção, ao perceber que nada do que estes vêem é bom o bastante, e tudo aquilo visto quando fechados é tão perfeito quanto inatingível?
Não seria viver em uma angústia?
"Os românticos são saudosistas, e para eles o tempo bom ou é o futuro, ou o passado. Nunca o presente.
"Eles alimentam uma idealização tão forte que é perceptível que nunca será atingível em vida. Por isso encontram seu prazer na morte."
Prazer. Na morte.
Que coisa mórbida.
Que coisa triste.
Mórbida, por passar uma vida pensando na morte. Mórbida, por alimentar sonhos que voam tão alto, sonhos estes que não ajudam a traçar metas, mas destruir a beleza de algo real. Por ser tão perfeito, tão surreal, que a realidade é a amostra da desgraça aos olhos românticos.
E triste, por viver uma constante decepção. Por amar tanto o imaginário, que se bloqueia o coração ao que pode amar e ser amado. Triste por passar a vida pensando em coisas maravilhosas, mas que nunca serão ditas nem vividas.
Triste por acabar não vendo passar o mais maravilhoso que nos foi dado, por estar ocupado demais sonhando de olhos fechados e esperando pelo seu fim. E daí, quando ele efetivamente chegar, já será tarde demais.
Porque se alguém abrir seus olhos, eles já não verão mais nada.
Eles brilharam tanto, mas o fizeram fechados, assim ninguém os pôde ver.
Eles viram tanto, mas situações e seres inventados e inatingíveis, assim não puderam ver as belezas reais. Tão cegos por lágrimas de decepção que não puderam procurar soluções para os problemas.
Os românticos, ao encontrarem uma rosa, a querem vermelha, como a paixão.
A querem no peitoril da mais bela sacada, servindo pólen às mais astutas abelhas.
Abelhas estas que produzirão o mais fino mel que adocicará os lábios da bela e pura donzela que virá a desposá-los.
Já sabem exatamente como ela será, como ela se vestirá, como ela se comportará nas mais desaventuradas situações.
Se eu encontrar uma rosa, a pegarei, sendo ela vermelha ou não.
A regarei, para vê-la crescer, na minha mesinha.
E quem sabe algum dia a darei a alguém que as ache bonitas.
Mas não, os românticos encontram a beleza na morte.
Encontram a beleza em tudo aquilo que não é real.
Sendo os Românticos assim,
eu não sei bem quem eu quero,
Mas não quero um romântico pra mim.
Mas agora que aprendi sobre o Romantismo, posso dizer, sou tudo, menos romântica.
Porque os românticos são mórbidos.
Os românticos passam tanto do seu tempo apaixonados por uma idealização, que acabam por não se apaixonar por nada real.
E esperam na morte a sua realização.
Quer dizer, qual é a graça de viver toda uma vida pensando em morrer?
Sou a maior defensora dos sonhos. Mas será que sonhar é bom ao ponto de tudo tornar-se tão perfeito e idealizado que nada mais é bom?
Será que sonhar é bom quando, ao abrir os olhos, tudo o que vir for decepção, ao perceber que nada do que estes vêem é bom o bastante, e tudo aquilo visto quando fechados é tão perfeito quanto inatingível?
Não seria viver em uma angústia?
"Os românticos são saudosistas, e para eles o tempo bom ou é o futuro, ou o passado. Nunca o presente.
"Eles alimentam uma idealização tão forte que é perceptível que nunca será atingível em vida. Por isso encontram seu prazer na morte."
Prazer. Na morte.
Que coisa mórbida.
Que coisa triste.
Mórbida, por passar uma vida pensando na morte. Mórbida, por alimentar sonhos que voam tão alto, sonhos estes que não ajudam a traçar metas, mas destruir a beleza de algo real. Por ser tão perfeito, tão surreal, que a realidade é a amostra da desgraça aos olhos românticos.
E triste, por viver uma constante decepção. Por amar tanto o imaginário, que se bloqueia o coração ao que pode amar e ser amado. Triste por passar a vida pensando em coisas maravilhosas, mas que nunca serão ditas nem vividas.
Triste por acabar não vendo passar o mais maravilhoso que nos foi dado, por estar ocupado demais sonhando de olhos fechados e esperando pelo seu fim. E daí, quando ele efetivamente chegar, já será tarde demais.
Porque se alguém abrir seus olhos, eles já não verão mais nada.
Eles brilharam tanto, mas o fizeram fechados, assim ninguém os pôde ver.
Eles viram tanto, mas situações e seres inventados e inatingíveis, assim não puderam ver as belezas reais. Tão cegos por lágrimas de decepção que não puderam procurar soluções para os problemas.
Os românticos, ao encontrarem uma rosa, a querem vermelha, como a paixão.
A querem no peitoril da mais bela sacada, servindo pólen às mais astutas abelhas.
Abelhas estas que produzirão o mais fino mel que adocicará os lábios da bela e pura donzela que virá a desposá-los.
Já sabem exatamente como ela será, como ela se vestirá, como ela se comportará nas mais desaventuradas situações.
Se eu encontrar uma rosa, a pegarei, sendo ela vermelha ou não.
A regarei, para vê-la crescer, na minha mesinha.
E quem sabe algum dia a darei a alguém que as ache bonitas.
Mas não, os românticos encontram a beleza na morte.
Encontram a beleza em tudo aquilo que não é real.
Sendo os Românticos assim,
eu não sei bem quem eu quero,
Mas não quero um romântico pra mim.
domingo, 22 de agosto de 2010
A Inflação Cotidiana.
Era mais um dia, mais uma manhã.
Uma noite bem dormida, olhei pela janela e vi aquele sol. "Ah, que dia lindo!"
E isso foi o suficiente. Suficiente para começar meu dia bem.
Dizem que o que começa bem acaba bem. Eu não me importava se acabaria bem como começou, mas eu sabia que estava bem e foi assim que eu prossegui.
Caminhei até a cozinha. No bread. No cheese. No anything. "Bom, tanto faz."
Procurei a preguiça de ir lá na padaria (que é no meu quarterão, aliás), mas parece que aquele dia a havia expelido.
Me vesti e fui. Comprar pão de queijo, obviamente, a melhor comida de lanche/ café da manhã ever. (!)
Andei pela minha rua, silenciosa e não muito movimentada. Havia alguns passantes, por ser sábado de manhã, em uma hora que os moradoes passeiam com seus cachorros e vão à padaria, que fica na esquina. Autistando completamente, até meus olhos alcançarem um vulto ao chão.
Era uma mulher. Com panos, sentada ao chão, cara de miserável.
Fiquei olhando, e a vi suplicar dinheiro a uma moça, mas essa sequer pareceu ouvir.
Porque ela passou, sem nem olhar, por alguém que perecerá por não ter sido ouvida.
"Que sorte a minha..."
Era um dia tão lindo.
Porque eu acordara bem, vira o sol pela janela, iria comer minha comida preferida.
Tão bem, grande e ingenuamente eu ignorava que para tantos era mais um dia. Dia de súplica, de calor, de frio, na rua.
Quem sabe seriam ouvidos.
Bom, eu tinha dez reais. Quanto será que aquela moça consegue ao dia?
Eu estava bem próxima dela.
Ao me aproximar, ouvi-a dizendo, agora com menos convicção que à última moça, mas ainda suplicante:
"Tem um trocadinho? Qualquer coisa..."
Eu não ia dar dinheiro. Infelizmente, conheço o mundo em que vivo, e, quem sabe, imagine o que ela vive. Sei quanta discórdia pode causar o dinheiro. Quantos homens poderiam levá-lo dela. Quanta coisa poderia acontecer. E para quanta coisa ele poderia ser usado.
Ela não parecia daquelas que se entregaram às drogas. A partir do esteriótipo, pude pensar que seria uma nordestina ou descendente, que veio ao Rio de Janeiro tentar ganhar alguma coisa. E aqui descobrira o quanto se ganha. Ou melhor, não se ganhou.
Mas me limitei a esses breves pensamentos.
Não me importava a discussão tão polêmica que é ajudar pessoas de rua.
Não me importava com nada naquela manhã.
Aquele era um dia lindo. Poderia fazer outra pessoa concordar comigo.
Com um leve quê de hesitação, parei.
" Você tá com fome?"
"Tô.."
"Eu não vou te dar dinheiro, mas eu vou na padaria. Você quer que eu te compre um pão?"
"Ai moça, quero sim, se você puder.. "
"Tá, então eu vou lá e já volto."
Eu fui, feliz.
Mas em dúvida.
Será que ela ainda tem fé? Ou será que ela já a perdeu, com qualquer outro transeunte que outra vez lhe dissera "Na volta eu te dou alguma coisa" ?
Não queria que ela a perdesse. Não queria que ela duvidasse.
Andei mais rápido.
No caixa descobri que teria entrar em outra fila para comprar o pão francês. Olhei para a fila, ela era gigante. Mas eu havia prometido à moça... Gastaria R$0,50, por um pão, e alguns minutos, por um dia, por um sol. Um dia tão lindo...
Comigo enfim, estava o pão. Me perguntava se a moça ainda me esperava, ou se teria ido embora. Preferi não pensar que tivesse ido.
Andei mais rápido, comendo meus pães de queijo. Fui me aproximando, e vi a moça. Agora um homem a acompanhava. Ele estava em pé, diante dela, conversando. Parecia-me bêbado, daqueles que você receia que vá mexer contigo na rua. Olhei para ele, olhei para a sacola com o pão.
"Bom, ele não vai fazer nada comigo. Eu só venho com um pão."
Agora mais perto, percebo que estão em um caloroso debate sobre algo que desconheço. Percebi também que se conheciam. Cheguei bem perto, e o homem parou de falar e olhou pra mim, quase curioso. A moça, como que percebendo que eu havia voltado, voltou seus olhos sorridentes a mim.
"Aqui seu pão"
E ela me disse, em uma voz bem baixa, ainda que audível, com os olhos brilhando:
"Ah, muito obrigada... " ("De nada")
" ... Que Deus lhe abençoe, minha filha, vá com Deus. "
E eu fui.
Fui, com aquele sorriso em mente.
Fui, com a imagem periférica, de quando eu me ia, de uma mulher dando um pedaço de pão a um homem bêbado que ninguém sabe como foi parar lá.
Fui, sem me preocupar se aquele dia me viria tão lindo assim todos os dias.
Sem me preocupar se meu cachorro detonaria toda a área de serviço com você-sabe-o-quê para eu limpar.
Não me preocupava mais com o que alguns diriam sobre dar coisas a pedintes.
Sem me preocupar com nada.
Porque aquele sol me aparecera pela janela, tão brilhante,
o céu, tão límpido,
eles tão despreocupados.
Porque aquele dia estava tão lindo.
Porque eu acordei sorrindo.
E porque eu vi mais um sorriso.
Um sorriso sincero, um sorriso do coração,
daqueles que você sente até quando se vai,
um sorriso de alguém que quer sorrir.
De alguém que provavelmente não achava muitos motivos para sorrir.
Um sorriso sem dentes,
com os que tinha mal tratados,
Um sorriso desprecavido, despretencioso,
Um sorriso tão amarelo
O sorriso mais lindo que já vi.
Ora, já cheguei em casa.
Lá vem o meu cachorro, risos.
Oi, Dime!
Bom dia!
Eu não vou ver a área de serviço...
sábado, 21 de agosto de 2010
Verdades.
É fácil fazer parte
De um mundo tão pequeno
Onde amigos invisíveis
Nunca ligam outra vez
Há muito pouco tempo aprendi a aceitar: quem é dono da verdade não é dono de ninguém.
Só não se esqueça que atrás do veneno das palavras
Sobra só o desespero de ver tudo mudar ..
Talvez até porque ninguém mude por você.
De um mundo tão pequeno
Onde amigos invisíveis
Nunca ligam outra vez
Há muito pouco tempo aprendi a aceitar: quem é dono da verdade não é dono de ninguém.
Só não se esqueça que atrás do veneno das palavras
Sobra só o desespero de ver tudo mudar ..
Talvez até porque ninguém mude por você.
Algum Dia - Capital Inicial
I'm not gonna write you ...
" Blank stares at blank pages
no easy way to say this
you mean well, but you make this hard on me "
no easy way to say this
you mean well, but you make this hard on me "
E eu não quero mais escrever sobre isso. Não mesmo.
Sabia que nem as letras, nem o tempo, nem nenhuma linha vocês merecem?
" Time, is going by, so much faster than I "
E eu tinha ficado. Que boba, eu. Tinha ficado, pensando. Mas o tempo correu. E eu caminhei apenas.
Foi quando eu percebi que estava tarde. E que eu nunca devia ter parado para esperar nada.
" I walked away, and tried to hide
feel the same still, love inside
I lost my mind. "
Eu devia estar mesmo louca.
Em achar que brotariam sementes que na verdade nunca foram semeadas.
Será que eu realmente achei isso, pra falar a verdade?
Dizem que a vida é um livro, e que conforme vivemos, ele se preenche.
Vocês vieram para preencher o meu, e agora percebo que vocês são todos páginas, em branco, todos livros em branco.
Sabe por quê? Porque se vocês tivessem qualquer linha escrita, se importariam com o que e como foram escritas, dariam importância aos personagens da sua história.
Mas falta tanta coisa.
A verdade é que vocês não têm tinta.
E não tem mãos, não têm olhos, não têm coração, para escrever.
E eu tentei ajudar vocês. Ofereci-lhes tinta, mas a ela vocês recusaram.
Mas descobri que não lhes posso dar meus olhos, e meu coração.
Vocês não quiseram abrir os seus. E estes permanecerão fechados, então.
E quer saber?
Não serão comprados, assim como seus livros. Se forem comprados pela capa, ficarão apenas guardado em uma estante.
É verdade, escrevo aqui muita coisa guardada. Que a propósito os personagens da história nunca chegarão a ler.
Mas notem que não escrevo a vocês.
Afinal, sei que não têm olhos para ler. Nem mãos nem tinta para me responder. E nem coração pra se importar.
Mas são coisas que eu escrevi muito em meu livro - porque notem, eu pelo menos escrevo alguma coisa -, e que espero ler sempre que precisar.
Talvez vocês estejam agora sendo comprados pela capa.
Que a estante em que vocês hão de apodrecer seja bem bonita.
E eu não sinto muito.
Son de amores
Son de amores, amores que matan
Amores que ríen, amores que lloran, amores que amargan
Son de amores, amores que engañan
Amores que agobian, amores que juegan, amores que faltan
Amores que ríen, amores que lloran, amores que amargan
Son de amores, amores que engañan
Amores que agobian, amores que juegan, amores que faltan
Y en tu corazón no hay calor ni frío
Es como un dolor o un escalofrío
Y hasta tu propia alma crees que es tu enemigo
Y eso que vive contigo...
Es como un dolor o un escalofrío
Y hasta tu propia alma crees que es tu enemigo
Y eso que vive contigo...
Piensa que tu vales más que esta historia
Y no te veas sola, sola, sola
Y no te veas sola, sola, sola
Deja de llorar y piensa que algún día un niño te dará
Toda una fantasía, eso y mucho más
Porque tu no estás loca, loca, loca
Deja de llorar y sécate esas lagrimillas de cristal
Que el tiempo volverá seguro a rescatar
Toda esa fantasía, fantasía...
Toda una fantasía, eso y mucho más
Porque tu no estás loca, loca, loca
Deja de llorar y sécate esas lagrimillas de cristal
Que el tiempo volverá seguro a rescatar
Toda esa fantasía, fantasía...
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Na gaiola..?
Eu gostava de pensar que um dia ia aparecer o meu príncipe pra me salvar dos meus problemas, que em um certo e maravilhoso momento as soluções apareceriam e eu viveria feliz para sempre, depois do beijo do meu salvador da maldição da bruxa.
Mas eu cheguei à conclusão de que isso não vai acontecer.
Tem esse negócio, de achar a alma-gêmea, da pessoa que vai te salvar, te amar, estar sempre aqui pra você, e te mimar, resolver os seus problemas, te elogiar e abraçar, etc.
Eu não acredito nisso. Não mais.
Não que eu não acredite no amor. É no que eu mais acredito. Depois eu faço uma postagem sobre isso... haha.
É que isso de depender de achar o seu amor me parece tão... dependente.
Como se você fosse incompleta, até achar essa pessoa. E que essa pessoa é responsável por você, sua outra metade, sua vida, sua felicidade.
Sabe como eu me sentiria?
Sufocada.
Como você pode acordar pensando em viver para o outro, se voltar à vida do outro, ser o Sol do outro?
Eu sei que isso dá muitos poemas fofinhos, mas não deve ser chato ser como o Sol, tão grandioso, lindo e brilhante, iluminando a todos, mas ficar para sempre perseguindo a sua amada e, entretanto, destinado a ficar sozinho, para sempre ?
Eu não quero ser responsável por ninguém. Não quero ser alguém que dependa de outra pessoa, que eu nem conheço ainda (e que a vida teria a obrigação de me apresentar), para ser feliz.
Eu acho que você deve amar a si mesmo, primeiro. Como amar alguém se não ama a si mesmo? Como ser amado por alguém, se não sabe como se amar ?
Eu acho que você deve ser feliz, aprender a ser feliz consigo mesmo. Para depois encontrar a felicidade nos outros. Essa felicidade é conjunta, quando duas pessoas que amam a si mesmas descobrem como podem ser e são felizes juntas, algo que liberta, não que aprisiona.
" Melhor um pássaro na mão, que dois voando."
Você acha mesmo? Eu diria, 'melhor dois pássaros voando, que um na mão."
Dois pássaros juntos, livres, felizes, não é uma ideia mais agradável que um afastado dos outros, preso, e trsite, na mão?
Essa é a minha ideia do amor. A ideia não é aprisionar um pássaro, que voava livre, e prendê-lo em uma gaiola, maravilhar-se com suas cantigas. Como se fossem pra você. Como saber se não era de amor ao que tinha antes, quando era livre?
Prefiro muito mais dois pássaros que voam, livres, felizes, juntos.
Felizes por estarem juntos.
E ainda assim livres, independentes. Felizes por voarem juntos, ainda que separados.
Mas eu cheguei à conclusão de que isso não vai acontecer.
Tem esse negócio, de achar a alma-gêmea, da pessoa que vai te salvar, te amar, estar sempre aqui pra você, e te mimar, resolver os seus problemas, te elogiar e abraçar, etc.
Eu não acredito nisso. Não mais.
Não que eu não acredite no amor. É no que eu mais acredito. Depois eu faço uma postagem sobre isso... haha.
É que isso de depender de achar o seu amor me parece tão... dependente.
Como se você fosse incompleta, até achar essa pessoa. E que essa pessoa é responsável por você, sua outra metade, sua vida, sua felicidade.
Sabe como eu me sentiria?
Sufocada.
Como você pode acordar pensando em viver para o outro, se voltar à vida do outro, ser o Sol do outro?
Eu sei que isso dá muitos poemas fofinhos, mas não deve ser chato ser como o Sol, tão grandioso, lindo e brilhante, iluminando a todos, mas ficar para sempre perseguindo a sua amada e, entretanto, destinado a ficar sozinho, para sempre ?
Eu não quero ser responsável por ninguém. Não quero ser alguém que dependa de outra pessoa, que eu nem conheço ainda (e que a vida teria a obrigação de me apresentar), para ser feliz.
Eu acho que você deve amar a si mesmo, primeiro. Como amar alguém se não ama a si mesmo? Como ser amado por alguém, se não sabe como se amar ?
Eu acho que você deve ser feliz, aprender a ser feliz consigo mesmo. Para depois encontrar a felicidade nos outros. Essa felicidade é conjunta, quando duas pessoas que amam a si mesmas descobrem como podem ser e são felizes juntas, algo que liberta, não que aprisiona.
" Melhor um pássaro na mão, que dois voando."
Você acha mesmo? Eu diria, 'melhor dois pássaros voando, que um na mão."
Dois pássaros juntos, livres, felizes, não é uma ideia mais agradável que um afastado dos outros, preso, e trsite, na mão?
Essa é a minha ideia do amor. A ideia não é aprisionar um pássaro, que voava livre, e prendê-lo em uma gaiola, maravilhar-se com suas cantigas. Como se fossem pra você. Como saber se não era de amor ao que tinha antes, quando era livre?
Prefiro muito mais dois pássaros que voam, livres, felizes, juntos.
Felizes por estarem juntos.
E ainda assim livres, independentes. Felizes por voarem juntos, ainda que separados.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
No more dicionários, please.
Palavras.
Tantas palavras usadas para descrever um momento, alguém, a si mesmo, um sentimento.
Tantos significados, que cada uma delas pode expressar, tantos ramos podem derivar das ideias formadas. Tantas palavras... lançadas ao vento, registradas. São tantas palavras, em louca tentativa de descrever uma ideia, um ideal.
E se não houverem palavras, quando mais precisamos delas?
E se palavras não forem suficientes?
E se palavras mantiverem-se aprisionadas, recusando à ordem de saída, para cumprirem sua função? Será que sentem-se encabuladas?
Há momentos em que não se encaixam palavras, não existem palavras.
E se, apenas se, palavras não forem nem necessárias?
Quando se sente que um olhar diz tudo, um sorriso, um abraço, uma lágrima. Muito mais do que palavras. Muito mais do que mero significado.
Quer dizer, 'eu te amo' se torna bem mais agradável vivido que escrito, 'bom dia' torna-se bem mais agradável desejado do que quando dito apenas por imposição do momento. Um sorriso sincero diz muito mais do que palavras podem descrever em certos momentos. Talvez por deixarem implícito, no ar. Talvez porque obrigam a pessoa a entender além de palavras; lê-las na subjetividade do ato. E captá-las na mesma sintonia que foram emitidas.
Por isso que digo que não sei dizer. Simplesmente, desculpe-me. Há momentos em que, queira ou não, é preciso saber decifrar. Não sei se consta em loucura. Ou falta de habilidade com as palavras. Talvez os dois.
Mas, na minha opinião, elas devem ser usadas quando nada mais consegue expressá-las. E enquanto eu tiver olhos para olhar, uma boca para sorrir e um coração para sentir e pulsar, deixarei que eles se expressem.
E também porque... o silêncio às vezes diz mais que mil palavras.
Entre dois amigos, um olhar é suficiente para expressar exatamente o que se quer dizer. Para quê palavras?
Se elas restringem tanto um significado....
Às vezes, é melhor menos a mais. E, às vezes, é preciso abrir mão do que não consegue se adaptar. Do que não consegue decifrar. Do que se encontra em uma frequência tão distante que não consegue captar o que foi deixado no ar. Às vezes, meras palavras não são suficientes. E, às vezes, elas não são nem necessárias.
Às vezes, é melhor encerrar antes que depois. Às vezes, é melhor aceitar que omitir. E, às vezes, é melhor nem começar.
Tantas palavras usadas para descrever um momento, alguém, a si mesmo, um sentimento.
Tantos significados, que cada uma delas pode expressar, tantos ramos podem derivar das ideias formadas. Tantas palavras... lançadas ao vento, registradas. São tantas palavras, em louca tentativa de descrever uma ideia, um ideal.
E se não houverem palavras, quando mais precisamos delas?
E se palavras não forem suficientes?
E se palavras mantiverem-se aprisionadas, recusando à ordem de saída, para cumprirem sua função? Será que sentem-se encabuladas?
Há momentos em que não se encaixam palavras, não existem palavras.
E se, apenas se, palavras não forem nem necessárias?
Quando se sente que um olhar diz tudo, um sorriso, um abraço, uma lágrima. Muito mais do que palavras. Muito mais do que mero significado.
Quer dizer, 'eu te amo' se torna bem mais agradável vivido que escrito, 'bom dia' torna-se bem mais agradável desejado do que quando dito apenas por imposição do momento. Um sorriso sincero diz muito mais do que palavras podem descrever em certos momentos. Talvez por deixarem implícito, no ar. Talvez porque obrigam a pessoa a entender além de palavras; lê-las na subjetividade do ato. E captá-las na mesma sintonia que foram emitidas.
Por isso que digo que não sei dizer. Simplesmente, desculpe-me. Há momentos em que, queira ou não, é preciso saber decifrar. Não sei se consta em loucura. Ou falta de habilidade com as palavras. Talvez os dois.
Mas, na minha opinião, elas devem ser usadas quando nada mais consegue expressá-las. E enquanto eu tiver olhos para olhar, uma boca para sorrir e um coração para sentir e pulsar, deixarei que eles se expressem.
E também porque... o silêncio às vezes diz mais que mil palavras.
Entre dois amigos, um olhar é suficiente para expressar exatamente o que se quer dizer. Para quê palavras?
Se elas restringem tanto um significado....
Às vezes, é melhor menos a mais. E, às vezes, é preciso abrir mão do que não consegue se adaptar. Do que não consegue decifrar. Do que se encontra em uma frequência tão distante que não consegue captar o que foi deixado no ar. Às vezes, meras palavras não são suficientes. E, às vezes, elas não são nem necessárias.
Às vezes, é melhor encerrar antes que depois. Às vezes, é melhor aceitar que omitir. E, às vezes, é melhor nem começar.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Sábado à noite!
Todo mundo espera alguma coisa,
de um sábado à noite,
bem no fundo todo mundo quer.. dormir!
Sábado à noite sua olheira pode mudar!
Ignore caso não conheça a música Sábado à noite.
Tá, pode ignorar mesmo que conheça. É que eu tô com sono, cara.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
It's a two side way,
are you on the other side?
"vc nao deve muda o seu jeito ou sou personalidade
por ninguem
Eu digo:
22:40:06
eu sei po, eu nao pretendo
risos."
.... mas eu não mudo por causa de uma pessoa,
a vida me muda.
Às vezes eu tenho saudades. Sabe, da minha antiga Eu.
Mas crescer é preciso. Eu queria não ver maldade nas coisas ainda. Me entristece ver tanta coisa assim, tão assim. Tão... adultas. As pessoas levando as coisas pro lado errado. Tão certo, tão direto, tão cruel.
Eu sinto saudades do tempo em que eu ouvia 'eu te amo' e não pensava nos milhões de significados dessa frase...
Eu acreditava que todo sorriso era sincero.
E que toda amizade era pra sempre.
Mas agora eu sei que as pessoas passam. Assim como as coisas. Assim como os sentimentos. E assim como a vida.
E depois que elas passam, nunca mais voltam atrás. Nada volta a ser como era.
Um dia você apende a ver a realidade do jeito que ela é, e não pode mais voltar a ter os olhos inocentes de ver o mundo. Um dia que você deixa de distribuir sorrisos descompromissados, não volta mais a ver a inocência nestes.
Vou te dizer uma coisa, se alguém já disse pra você que você é nova demais para entender alguma coisa, não se chateie. Se orgulhe. Porque elas são velhas demais para ver o que você vê.
Por tudo aquilo que mudei, virei uma Julia mais velha. Menos nova. Essas pessoas, significantes ou não, que tiraram uma parte de mim, acrescentaram novas, partiram outras e apodreceram as demais, que me mudaram. Mas na verdade eu não as culpo. Porque elas fazem apenas o que fizeram com elas, e o que é necessário para crescer, viver.
E a vida é um troço louco e inconstante, e que eu sou feliz por dizer que não entendo.
Esse troço que xinga e abraça, corre e gira e estaciona, e passa.
Tão mutável, tão impreciso. Tão incerto.
E a cada dia que mais aprendo, mais me ensinam, mais eu vivo,
Mais eu agradeço por não saber de nada.
are you on the other side?
"vc nao deve muda o seu jeito ou sou personalidade
por ninguem
Eu digo:
22:40:06
eu sei po, eu nao pretendo
risos."
.... mas eu não mudo por causa de uma pessoa,
a vida me muda.
Às vezes eu tenho saudades. Sabe, da minha antiga Eu.
Mas crescer é preciso. Eu queria não ver maldade nas coisas ainda. Me entristece ver tanta coisa assim, tão assim. Tão... adultas. As pessoas levando as coisas pro lado errado. Tão certo, tão direto, tão cruel.
Eu sinto saudades do tempo em que eu ouvia 'eu te amo' e não pensava nos milhões de significados dessa frase...
Eu acreditava que todo sorriso era sincero.
E que toda amizade era pra sempre.
Mas agora eu sei que as pessoas passam. Assim como as coisas. Assim como os sentimentos. E assim como a vida.
E depois que elas passam, nunca mais voltam atrás. Nada volta a ser como era.
Um dia você apende a ver a realidade do jeito que ela é, e não pode mais voltar a ter os olhos inocentes de ver o mundo. Um dia que você deixa de distribuir sorrisos descompromissados, não volta mais a ver a inocência nestes.
Vou te dizer uma coisa, se alguém já disse pra você que você é nova demais para entender alguma coisa, não se chateie. Se orgulhe. Porque elas são velhas demais para ver o que você vê.
Por tudo aquilo que mudei, virei uma Julia mais velha. Menos nova. Essas pessoas, significantes ou não, que tiraram uma parte de mim, acrescentaram novas, partiram outras e apodreceram as demais, que me mudaram. Mas na verdade eu não as culpo. Porque elas fazem apenas o que fizeram com elas, e o que é necessário para crescer, viver.
E a vida é um troço louco e inconstante, e que eu sou feliz por dizer que não entendo.
Esse troço que xinga e abraça, corre e gira e estaciona, e passa.
Tão mutável, tão impreciso. Tão incerto.
E a cada dia que mais aprendo, mais me ensinam, mais eu vivo,
Mais eu agradeço por não saber de nada.
sábado, 6 de março de 2010
A Vassoura e o Gari
O tempo passa,
E mais um rosto
passa
Sério, mudo, apressado, apreensivo.
Voltado à frente, sempre à frente;
à frente os seus objetivos!
O sol escaldante, o asfalto queimante
A chama chama e ao mesmo tempo me repele.
A vassoura já trabalha sozinha por mim,
Mas ninguém,
Ou nenhum rosto,
Percebe
Pois eles passam,
Sérios, mudos, comprometidos, apressados, apreensivos.
Como vem o calor,
tão espontaneamente,
vem a solidão então,
tornando-se cada vez mais presente.
Minha única companheira,
nessa vida minha e da vassoura,
compartilhando comigo as dores e pesar
de ver rosto por rosto
Ir-se embora,
apenas focado em seus valores mundanos.
Passa por mim
mais um rosto
focado, sério, apreensivo, mudo.
Eu existo?
Como se não me sentisse jamais,
já que ninguém sentia por mim,
Como se já não existisse mais,
já que ninguém existia por mim.
O reflexo que meus olhos viam ao olhar nas vitrines das lojas onde nunca pude pisar
parecia não fazer parte desse mundo.
Olhos os mesmos que produziram então esse líquido quente,
Que se fundia com meu suor,
Beirando meu rosto,
Tão salgado, tão leve.
Mas nenhum rosto que passava percebia isso,
Pois eles eram apenas rostos, não corações
E rostos não sentem.
E rostos não entendem.
Rostos apenas passam,
Sérios, mudos, decididos.
Decidi então compartilhar com as minhas únicam companheiras,
Que pareciam estar comigo todos os dias,
Sofriam comigo,
Sentiam o mesmo calor,
Sabiam como eu
O que era ver todos esses rostos passando,
Sem nenhum deles se importar.
Minha Vassoura porém envelhecia,
e eu percebia que o tempo passava, assim como os rostos.
Minha companheira me deixaria?
Desabafei então com a Solidão,
Que depois que veio já não me deixou
Ela não passava como os rostos, e como a minha querida amiga vassoura
Mas ela não me respondia.
Ela não se sensibilizava.
Ela era aquela que está sempre ao seu lado, mas apenas faz sentir-se pior.
Pois foi o dia mais quente do ano
E mais movimentado também
Assim eu tinha muito o que limpar, muito o que fazer,
Eu, a Vassoura, e a Solidão.
Já não ligava mais para os rostos que passavam,
(Mudos, sérios, insensíveis)
Nem para os calos e a fadiga do calor
Eu apenas existia para o que fazia,
Então fazia o que devia fazer.
Varria e varria, toda a sujeira do lugar.
Que todas as mãos, que também iam embora, balançantes,
(mas nenhuma se estendia para mim)
despejavam por aí.
Foi quando minha vassoura já não mais suportou.
Se despedaçou, como de coração partido,
Seus cabelos já ralos,
Sua cabeça desprendeu-se.
Foi a morte da minha mais querida amiga.
O que faria eu, agora?
E eu gritei, chamei
Mas os rostou apenas passavam.
E eu corri, toquei os ombros
Mas agora os rostos apenas se apavoravam.
E eu chorei, sentei
E os rostos continuavam a passar,
Tão mudos, e sérios, e absortos em seus interesses.
Como faria eu, agora?
Agora que minha melhor companheira se foi,
E agora que já não posso mais fazer o que havia virado o motivo da minha existencia,
E não posso mais fazer o que devo?
O que faço agora, que não existo para nada, não existo por nada?
Nesse mundo de dúvidas e desespero, recorri pela minha última vez à solidão, minha última companheira.
Mas ela novamente nao me respondia.
Ela adotava uma posição sarcástica,
Permanecia ao meu lado,mas agia como se não existisse
Estaria ficando louco?
A Solidão ria.
E em seu escárnio, me apontou a rua.
Rua?
Não havia motivo, estava sem a minha vassoura.
Só depois então que entendi.
Me desvencilhei de todos os rostos que passavam,
Sérios, mudos, indiferentes,
E eles se desvencilhavam de mim.
As gotas de suor despejadas no chão,
e as lágrimas no corpo da minha última amiga,
falecida,
Que jazia em minha mão,
recolhendo todos os pedaços de seu coração partido.
Eu cheguei à rua,
Onde passavam carros,
Todos bonitos,
Mas sérios, mudos, e apressados,
Com mais rostos dentro.
E eu fui então em direção a eles,
Chamá-los e compartilhar com eles o meu pesar,
Mas eles,
assim como os rostos,
Desviavam de mim,
Tão sérios, tão mudos, e apressados.
Corria em direçao a eles,
Quando um, em sua pressa, acabou não conseguindo me evitar,
A ela agradeci, já de olhos fechados,
por ter sido minha companheira até o fim, apesar de morta, agora.
E a ela pedi que, em breve,
já que ia me juntar a ela
Em um mundo em que já nao haveriam mais rostos,
que passam, tão sérios, tão mudos, tão indiferentes,
Se una de volta a mim,
Fazendo disso um novo começo, não um fim
E com o último suspiro,
Com o último punhado de ar daquele mundo que apenas passava,
Tão sério, tão indiferente, tão rápido por mim,
Pronunciei a minha última palavra a minha tão querida e única amiga:
- Obrigado.
e então fechei os olhos, aliviado, mas apressado
para encontrar minha amiga novamente,
E não ver mais os rostos que passavam.
Iria sentir minha amiga,
nesse novo mundo onde não haveria mais dor,
nem carros, nem rostos
nem olhos para ver
Quantos rostos passam,
Tão rápido, tão sérios, e mudos.
E mais um rosto
passa
Sério, mudo, apressado, apreensivo.
Voltado à frente, sempre à frente;
à frente os seus objetivos!
O sol escaldante, o asfalto queimante
A chama chama e ao mesmo tempo me repele.
A vassoura já trabalha sozinha por mim,
Mas ninguém,
Ou nenhum rosto,
Percebe
Pois eles passam,
Sérios, mudos, comprometidos, apressados, apreensivos.
Como vem o calor,
tão espontaneamente,
vem a solidão então,
tornando-se cada vez mais presente.
Minha única companheira,
nessa vida minha e da vassoura,
compartilhando comigo as dores e pesar
de ver rosto por rosto
Ir-se embora,
apenas focado em seus valores mundanos.
Passa por mim
mais um rosto
focado, sério, apreensivo, mudo.
Eu existo?
Como se não me sentisse jamais,
já que ninguém sentia por mim,
Como se já não existisse mais,
já que ninguém existia por mim.
O reflexo que meus olhos viam ao olhar nas vitrines das lojas onde nunca pude pisar
parecia não fazer parte desse mundo.
Olhos os mesmos que produziram então esse líquido quente,
Que se fundia com meu suor,
Beirando meu rosto,
Tão salgado, tão leve.
Mas nenhum rosto que passava percebia isso,
Pois eles eram apenas rostos, não corações
E rostos não sentem.
E rostos não entendem.
Rostos apenas passam,
Sérios, mudos, decididos.
Decidi então compartilhar com as minhas únicam companheiras,
Que pareciam estar comigo todos os dias,
Sofriam comigo,
Sentiam o mesmo calor,
Sabiam como eu
O que era ver todos esses rostos passando,
Sem nenhum deles se importar.
Minha Vassoura porém envelhecia,
e eu percebia que o tempo passava, assim como os rostos.
Minha companheira me deixaria?
Desabafei então com a Solidão,
Que depois que veio já não me deixou
Ela não passava como os rostos, e como a minha querida amiga vassoura
Mas ela não me respondia.
Ela não se sensibilizava.
Ela era aquela que está sempre ao seu lado, mas apenas faz sentir-se pior.
Pois foi o dia mais quente do ano
E mais movimentado também
Assim eu tinha muito o que limpar, muito o que fazer,
Eu, a Vassoura, e a Solidão.
Já não ligava mais para os rostos que passavam,
(Mudos, sérios, insensíveis)
Nem para os calos e a fadiga do calor
Eu apenas existia para o que fazia,
Então fazia o que devia fazer.
Varria e varria, toda a sujeira do lugar.
Que todas as mãos, que também iam embora, balançantes,
(mas nenhuma se estendia para mim)
despejavam por aí.
Foi quando minha vassoura já não mais suportou.
Se despedaçou, como de coração partido,
Seus cabelos já ralos,
Sua cabeça desprendeu-se.
Foi a morte da minha mais querida amiga.
O que faria eu, agora?
E eu gritei, chamei
Mas os rostou apenas passavam.
E eu corri, toquei os ombros
Mas agora os rostos apenas se apavoravam.
E eu chorei, sentei
E os rostos continuavam a passar,
Tão mudos, e sérios, e absortos em seus interesses.
Como faria eu, agora?
Agora que minha melhor companheira se foi,
E agora que já não posso mais fazer o que havia virado o motivo da minha existencia,
E não posso mais fazer o que devo?
O que faço agora, que não existo para nada, não existo por nada?
Nesse mundo de dúvidas e desespero, recorri pela minha última vez à solidão, minha última companheira.
Mas ela novamente nao me respondia.
Ela adotava uma posição sarcástica,
Permanecia ao meu lado,mas agia como se não existisse
Estaria ficando louco?
A Solidão ria.
E em seu escárnio, me apontou a rua.
Rua?
Não havia motivo, estava sem a minha vassoura.
Só depois então que entendi.
Me desvencilhei de todos os rostos que passavam,
Sérios, mudos, indiferentes,
E eles se desvencilhavam de mim.
As gotas de suor despejadas no chão,
e as lágrimas no corpo da minha última amiga,
falecida,
Que jazia em minha mão,
recolhendo todos os pedaços de seu coração partido.
Eu cheguei à rua,
Onde passavam carros,
Todos bonitos,
Mas sérios, mudos, e apressados,
Com mais rostos dentro.
E eu fui então em direção a eles,
Chamá-los e compartilhar com eles o meu pesar,
Mas eles,
assim como os rostos,
Desviavam de mim,
Tão sérios, tão mudos, e apressados.
Corria em direçao a eles,
Quando um, em sua pressa, acabou não conseguindo me evitar,
Veio súbito, como em um abraço forte, de que nunca soube abraçar.
Ao suor juntava-se rápido outro líquido
Este também fugia de mim...
Era tão vermelho, tão apressado.
Mas o carro passou
Agora via muitos borrões
reuni minhas ultimas forças e me sentei à beira da rua,
Com minhas duas amigas
uma delas já morta
Me vi morrendo, em minha dor,
Mas os rostos passavam, indiferentes
E os carros também, indiferentes
Ficava tão frio, tão de repente,
Com o sangue fugindo, irreversivelmente,
Mas não diferentemente
do resto do mundo.
Haveria mais liquido dentro de mim?
Descobri então, quando caiu mais uma cascata quente dos meus olhos.
Mas que não me esquentava,
assim como o sol já nao o fazia.
E descobri então que a solidão não era mais minha amiga,
ou talvez nunca fora,
Pois ela nunca me ajudou,
e eu acho que é isso que os amigos deviam fazer.
Pelo menos era o que a minha vassoura fazia.
Mas agora não pensava mais direito, e mal via os rostos passando
via borrões, via tão mal
E via pouco, quando veio o sono.
Em minha dor, banhado em meu suor, na minha lágrima e no meu sangue,
Abracei forte a minha única amiga,
E a ela pedi desculpas,
Caso a houvesse tratado mal.
Ao suor juntava-se rápido outro líquido
Este também fugia de mim...
Era tão vermelho, tão apressado.
Mas o carro passou
Agora via muitos borrões
reuni minhas ultimas forças e me sentei à beira da rua,
Com minhas duas amigas
uma delas já morta
Me vi morrendo, em minha dor,
Mas os rostos passavam, indiferentes
E os carros também, indiferentes
Ficava tão frio, tão de repente,
Com o sangue fugindo, irreversivelmente,
Mas não diferentemente
do resto do mundo.
Haveria mais liquido dentro de mim?
Descobri então, quando caiu mais uma cascata quente dos meus olhos.
Mas que não me esquentava,
assim como o sol já nao o fazia.
E descobri então que a solidão não era mais minha amiga,
ou talvez nunca fora,
Pois ela nunca me ajudou,
e eu acho que é isso que os amigos deviam fazer.
Pelo menos era o que a minha vassoura fazia.
Mas agora não pensava mais direito, e mal via os rostos passando
via borrões, via tão mal
E via pouco, quando veio o sono.
Em minha dor, banhado em meu suor, na minha lágrima e no meu sangue,
Abracei forte a minha única amiga,
E a ela pedi desculpas,
Caso a houvesse tratado mal.
A ela agradeci, já de olhos fechados,
por ter sido minha companheira até o fim, apesar de morta, agora.
E a ela pedi que, em breve,
já que ia me juntar a ela
Em um mundo em que já nao haveriam mais rostos,
que passam, tão sérios, tão mudos, tão indiferentes,
Se una de volta a mim,
Fazendo disso um novo começo, não um fim
E com o último suspiro,
Com o último punhado de ar daquele mundo que apenas passava,
Tão sério, tão indiferente, tão rápido por mim,
Pronunciei a minha última palavra a minha tão querida e única amiga:
- Obrigado.
e então fechei os olhos, aliviado, mas apressado
para encontrar minha amiga novamente,
E não ver mais os rostos que passavam.
Iria sentir minha amiga,
nesse novo mundo onde não haveria mais dor,
nem carros, nem rostos
nem olhos para ver
Quantos rostos passam,
Tão rápido, tão sérios, e mudos.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
E seria justo eu querer mais ?
Porque eu posso querer mais, posso pedir mais. Mas não seria justo. Porque tudo que eu preciso eu já tenho! E eu sou tão feliz por isso!
Eu tenho todo o suficiente para sobreviver, muito mais do que precisava, muito do que não esperava, e tudo para me deixar feliz;
Seria justo eu querer mais? (:
Eu tenho todo o suficiente para sobreviver, muito mais do que precisava, muito do que não esperava, e tudo para me deixar feliz;
Seria justo eu querer mais? (:
Esse ano veio com tudo, e ele, por pequeno que seja até agora, já me ensinou TANTO.
Eu aprendi que você deve ser legal com todo mundo, porque afinal, por que alguém não seria legal com você? Você está sendo legal com essa pessoa, ela não precisa virar sua amiga, mas manter uma convivência suportável é sempre melhor. E gentileza gera gentileza, certo? É sempre bom pelo menos tentar conversar com as pessoas, antes de julgar. Quantas pessoas já te julgaram na vida e deixaram de saber como você é legal, né? Então não perca essas oportunidades, faça novos amigos! (:
Eu aprendi que quando você se determina a fazer o seu melhor, não por si, mas para os outros, sem ressentimentos ou desejo de recompensa, você acaba recendo tudo pra você! Não é estranho?
Eu aprendi que por mais que você faça o bem, por mais que tenha muuitas pessoas legais por aí, vão ter sempre aquelas que não querem nada com nada, e que estão destinadas a não se importar. Então para que se importar? Importe-se com quem se importa! Importe-se com o que importa!
Eu aprendi que as coisas são boas. Que o que vem para quem faz o bem é sempre o bem. Que você ganha muito mais quando está disposto a ceder, que recebe mais quando compartilha. Que sorrindo ao conhecer alguém, muito mais provavelmente receberá outro sorriso de volta, ou até um grande amigo.
Eu aprendi que, por mais que admire outras pessoas, essas pessoas são admiradas por conseguirem ser quem são e mostrar isso, e que sendo você mesmo e sem vergonha de se permitir, de se apresentar, de ser você mesmo, você cativa muito mais que se escondendo na sua bolha, ou sendo quem não é, vivendo no seu conto de fadas. Até porque o feliz para sempre deles não sai do papel.
Eu aprendi que a vida, apesar de ser curta, tem espaço infinito para inúmeras pessoas entrarem, e que não importa quanto tempo você passou com elas, elas podem ficar guardadas pra sempre. Eu aprendi que a felicidade e o amor são coisas que, quando se dividem, se multiplicam.
E eu aprendi que tenho que parar de querer, apenas querer, as coisas que poderiam fazer a minha vida melhor, e fazer do melhor as coisas da minha vida, o que acaba resultando no melhor possível.
E eu aprendi que a vida é muito grande para quem espera, e o suficiente para quem vive intensamente.
E eu aprendi, principalmente, que quem decide se quer aproveitá-la ou não sou eu.
Eu aprendi que você deve ser legal com todo mundo, porque afinal, por que alguém não seria legal com você? Você está sendo legal com essa pessoa, ela não precisa virar sua amiga, mas manter uma convivência suportável é sempre melhor. E gentileza gera gentileza, certo? É sempre bom pelo menos tentar conversar com as pessoas, antes de julgar. Quantas pessoas já te julgaram na vida e deixaram de saber como você é legal, né? Então não perca essas oportunidades, faça novos amigos! (:
Eu aprendi que quando você se determina a fazer o seu melhor, não por si, mas para os outros, sem ressentimentos ou desejo de recompensa, você acaba recendo tudo pra você! Não é estranho?
Eu aprendi que por mais que você faça o bem, por mais que tenha muuitas pessoas legais por aí, vão ter sempre aquelas que não querem nada com nada, e que estão destinadas a não se importar. Então para que se importar? Importe-se com quem se importa! Importe-se com o que importa!
Eu aprendi que as coisas são boas. Que o que vem para quem faz o bem é sempre o bem. Que você ganha muito mais quando está disposto a ceder, que recebe mais quando compartilha. Que sorrindo ao conhecer alguém, muito mais provavelmente receberá outro sorriso de volta, ou até um grande amigo.
Eu aprendi que, por mais que admire outras pessoas, essas pessoas são admiradas por conseguirem ser quem são e mostrar isso, e que sendo você mesmo e sem vergonha de se permitir, de se apresentar, de ser você mesmo, você cativa muito mais que se escondendo na sua bolha, ou sendo quem não é, vivendo no seu conto de fadas. Até porque o feliz para sempre deles não sai do papel.
Eu aprendi que a vida, apesar de ser curta, tem espaço infinito para inúmeras pessoas entrarem, e que não importa quanto tempo você passou com elas, elas podem ficar guardadas pra sempre. Eu aprendi que a felicidade e o amor são coisas que, quando se dividem, se multiplicam.
E eu aprendi que tenho que parar de querer, apenas querer, as coisas que poderiam fazer a minha vida melhor, e fazer do melhor as coisas da minha vida, o que acaba resultando no melhor possível.
E eu aprendi que a vida é muito grande para quem espera, e o suficiente para quem vive intensamente.
E eu aprendi, principalmente, que quem decide se quer aproveitá-la ou não sou eu.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Ooi, 2010 (:
Tá, hoje é 2010.
E eu não me sinto diferente. Não muito.
Acho que veio aquela esperança, de 'cara, agora estou num novo ano. Nova era. Nova década!'
Aquele negócio do que eu vou mudar, aqueles papeizinhos jogados por aí, como 'ano que vem eu vou...'
Aquelas amizades antigas, que batem uma saudade, você pensa, 'ei, agora faz mais um ano que eu não vejo fulana.'
Aquelas novas amizades um ano mais velhas.
Aquela Eu um dia mais velha.
How does it feel ?
Eu me sinto 24 horas mais velha. É isso.
E tentada a escrever algo para assinar 01/01/10
E a falar inglês esse ano como 'Twenty-Ten'
E parece que esse ano vai ser mara.
Tão mara quanto os anteriores, mas talvez eu esteja determinada a vê-lo mais mara do que talvez seja. Mas enfim.
As pulseiras coloridas de virada de ano supersticiosa estão jogadas na escrivaninha, e agora que eu reparo que elas formaram juntas, entrelaçadas e coloridas, uma flor bem bonita.
Uma flor brilhante, rosa, vermelha, azul, branca, de pedrinhas.
[ Gente, agora é 01:01 do 01/01/10 :'D
Que Emoção escrever isso ]
Uma flor que me lembra da amiga que fez as pulseiras pra mim, que me lembra dos dias da escola que a recém-adquirida pulseira apertava meu pulso, uma flor que me lembra que ainda vou ver muitas flores. E ainda vão ter mutas marcas no meu pulso dos apertões.
Essa flor, tão brilhante, significa tanta coisa. Traz tantas novas coisas pra esse novo ano de apenas 1 hora e 4 minutos.
Ou talvez ela não queira me dizer nada. Apenas brilha, como duas pulseiras, despejadas na escrivaninha, entrelaçadas, enroladas, brilhantes, de pedrinhas.
Mas é uma flor bonita.
E eu ainda vou ver muitas coisas bonitas esse ano.
Esse ano inteiramente novo, que me promete tantas coisas. Eu não ouvi ele dizer nada, mas eu senti que a promessa veio. E ah, agora ele vai ter que cumprir. E eu vou cobrar.
Eu senti a promessa vindo, de qualquer forma. E eu também acho que deveria prometer algumas coisas. E o que eu prometo eu cumpro. E ele pode cobrar de mim, se eu demorar.
Mas eu sinto que esse ano vai ser diferente.
Que ainda tem muita coisa pra vir, e eu vou viver o momento, ciente do passado e pensando no futuro. Mas nunca deixar de viver o presente.
Esse ano vai trazer muitas coisas,
boas e ruins,
muitos amigos,
distantes e próximos,
muitos dias,
de sol ou chuva,
e muitas flores,
jogadas, entrelaçadas, brilhantes, de pedrinhas.
Esse ano inteiramente novo, de apenas 1 hora e 14 minutos, 2010.
Bem vindo ao mundo.
E que, como tudo que vem ao mundo,
traga lembranças e aprendizados inesquecíveis,
e, na hora de deixá-lo,
que o faça com louvor,
deixando ao mesmo tempo
a saudade do que ele veio a ser
e a felicidade de que, apesar de ter-se ido,
ficará pra sempre com a gente.
E eu não me sinto diferente. Não muito.
Acho que veio aquela esperança, de 'cara, agora estou num novo ano. Nova era. Nova década!'
Aquele negócio do que eu vou mudar, aqueles papeizinhos jogados por aí, como 'ano que vem eu vou...'
Aquelas amizades antigas, que batem uma saudade, você pensa, 'ei, agora faz mais um ano que eu não vejo fulana.'
Aquelas novas amizades um ano mais velhas.
Aquela Eu um dia mais velha.
How does it feel ?
Eu me sinto 24 horas mais velha. É isso.
E tentada a escrever algo para assinar 01/01/10
E a falar inglês esse ano como 'Twenty-Ten'
E parece que esse ano vai ser mara.
Tão mara quanto os anteriores, mas talvez eu esteja determinada a vê-lo mais mara do que talvez seja. Mas enfim.
As pulseiras coloridas de virada de ano supersticiosa estão jogadas na escrivaninha, e agora que eu reparo que elas formaram juntas, entrelaçadas e coloridas, uma flor bem bonita.
Uma flor brilhante, rosa, vermelha, azul, branca, de pedrinhas.
[ Gente, agora é 01:01 do 01/01/10 :'D
Que Emoção escrever isso ]
Uma flor que me lembra da amiga que fez as pulseiras pra mim, que me lembra dos dias da escola que a recém-adquirida pulseira apertava meu pulso, uma flor que me lembra que ainda vou ver muitas flores. E ainda vão ter mutas marcas no meu pulso dos apertões.
Essa flor, tão brilhante, significa tanta coisa. Traz tantas novas coisas pra esse novo ano de apenas 1 hora e 4 minutos.
Ou talvez ela não queira me dizer nada. Apenas brilha, como duas pulseiras, despejadas na escrivaninha, entrelaçadas, enroladas, brilhantes, de pedrinhas.
Mas é uma flor bonita.
E eu ainda vou ver muitas coisas bonitas esse ano.
Esse ano inteiramente novo, que me promete tantas coisas. Eu não ouvi ele dizer nada, mas eu senti que a promessa veio. E ah, agora ele vai ter que cumprir. E eu vou cobrar.
Eu senti a promessa vindo, de qualquer forma. E eu também acho que deveria prometer algumas coisas. E o que eu prometo eu cumpro. E ele pode cobrar de mim, se eu demorar.
Mas eu sinto que esse ano vai ser diferente.
Que ainda tem muita coisa pra vir, e eu vou viver o momento, ciente do passado e pensando no futuro. Mas nunca deixar de viver o presente.
Esse ano vai trazer muitas coisas,
boas e ruins,
muitos amigos,
distantes e próximos,
muitos dias,
de sol ou chuva,
e muitas flores,
jogadas, entrelaçadas, brilhantes, de pedrinhas.
Esse ano inteiramente novo, de apenas 1 hora e 14 minutos, 2010.
Bem vindo ao mundo.
E que, como tudo que vem ao mundo,
traga lembranças e aprendizados inesquecíveis,
e, na hora de deixá-lo,
que o faça com louvor,
deixando ao mesmo tempo
a saudade do que ele veio a ser
e a felicidade de que, apesar de ter-se ido,
ficará pra sempre com a gente.
01/01/10, 1:17h, ano Twenty-Ten :D
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